Ataques israelitas a escola da ONU e casas em Gaza causaram 34 mortos
Os ataques israelitas em Gaza atingiram na quarta-feira uma escola da ONU que abrigava famílias deslocadas e duas casas, causando a morte a pelo menos 34 pessoas, adiantaram fontes hospitalares do enclave palestiniano.
O ataque aéreo israelita contra a escola al-Jaoun, uma das muitas em Gaza dirigida pela agência da ONU para os palestinianos (UNWRA), no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, causou pelo menos 14 mortos, incluindo duas crianças e uma mulher, segundo fontes dos hospitais de Awda e al-Aqsa Martyrs.
Pelo menos 18 outras pessoas ficaram feridas, acrescentaram, citadas pela agência Associated Press (AP).
Os militares israelitas disseram que visaram militantes do Hamas que planeavam ataques desde dentro da escola.
Uma das crianças mortas foi a filha de Momin Selmi, membro da agência de Defesa Civil de Gaza, que resgata feridos e recupera os corpos após ataques, revelou esta organização.
As escolas de Gaza estão cheias de dezenas de milhares de palestinianos deslocados das suas casas devido às ofensivas israelitas e ordens de evacuação.
A UNWRA frisou que seis funcionários que ajudam os deslocados, incluindo o responsável pelo abrigo, foram mortos.
Israel bombardeia frequentemente escolas, referindo que estão a ser utilizadas pelos militantes do Hamas e culpa o movimento islamita palestiniano pelas vítimas civis causadas pelos ataques, apontando que os combatentes estão escondidos em bairros residenciais densos.
Mais de 90% dos edifícios escolares de Gaza foram severamente danificados em ataques, e mais de metade das escolas que alojaram as pessoas deslocadas foram atingidas, de acordo com um inquérito de julho do Education Cluster, que concentra vários grupos de ajuda liderados pela Unicef e Save the Children.
Na madrugada de quarta-feira, um ataque israelita atingiu uma casa perto da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, matando 11 pessoas, incluindo seis irmãos e irmãs que variam entre 21 meses a 21 anos, de acordo com o Hospital Europeu, que recebeu as vítimas.
Um outro ataque na madrugada de quarta-feira, numa casa, no campo de refugiados Jabaliya, no norte de Gaza, matou nove pessoas, incluindo seis mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e a Defesa Civil.
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo Israelita, em 07 de outubro, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou mais de duas centenas de reféns.
Desde então, Israel encetou uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, além de ter provocado um desastre humanitário e desestabilizado todo o Médio Oriente.