Candidatura à UNESCO quer valorizar "pessoas que estão por detrás" da produção do Vinho Madeira
António Marques da Silva é o coordenador da candidatura. Foto Miguel Espada/ Aspress
Decorre, esta tarde, no auditório do Colégio dos Jesuítas, no Funchal, a cerimónia de apresentação da candidatura do Vinho Madeira a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
A iniciativa, coordenada pela Universidade da Madeira (UMa), tem vindo a ser preparada desde o início de 2024 e deverá ser submetida à Comissão Nacional da UNESCO em 2025.
O objectivo, explica António Marques da Silva, é "chamar a atenção dos madeirenses e não madeirenses para a importância social e cultural desta prática".
Não está em causa o Vinho Madeira (o líquido em si). Não está em causa a sua história (…), nem o património construído com o dinheiro do Vinho Madeira. Também não é a paisagem vitícola em si. O que mais importa, na verdade, nesta candidatura são as práticas sociais e, essencialmente, as pessoas que estão por detrás desta tradição, tanto os viticultores, como as pessoas que fazem o vinho e as que o apreciam António Marques da Silva
Até à data, a candidatura do Vinho Madeira a Património Cultural Imaterial da Humanidade tem sido financiada exclusivamente pela Reitoria da UMa, conforme salientou na abertura da conferência a vice-reitora para o Desenvolvimento do Ensino Politécnico, Susana Teles.
A partir de agora, a iniciativa passa a contar com o apoio da Presidência do Governo, da Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, a Direcção Regional das Comunidades, Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) e Direcção Regional da Cultura.
De realçar que, antes da submissão da candidatura junto da UNESCO é necessário inscrever o Vinho Madeira no Inventário Nacional do Património Imaterial, cuja apreciação por parte do Ministério da Cultura está em curso.