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Governo diz estar "à espera das propostas do PS" e não exclui ninguém das negociações

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Foto Lusa

O ministro da Presidência afirmou hoje que o Governo está "à espera das propostas do PS" para prosseguir as negociações do próximo Orçamento do Estado, e recusou que o executivo exclua qualquer partido do processo.

"Exclui-se quem se quiser excluir, não é o Governo que está a excluir ninguém", afirmou António Leitão Amaro, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, questionado sobre as posições do Chega neste processo.

Já sobre o PS, o ministro da Presidência reiterou a visão do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, transmitida na terça-feira, de que "a bola está do lado do PS" nos próximos passos da negociação Orçamento do Estado para 2025.

"Nós estamos à espera, o PS pediu tempo - tempo que ainda não passou - pediu tempo para preparar ou apresentar propostas, nós estamos à espera do PS e das propostas do PS, tal como outros partidos nos disseram que fariam chegar documentos escritos", afirmou.

Leitão Amaro frisou que, até agora, "todos os partidos apresentaram alguns contributos e ideias, exceto o Partido Socialista".

"Respeitamos a sua opção, mas estamos à espera. A bola, por isso, está do lado do Partido Socialista e quando passar o prazo - que não passou - quando passar o tempo que o PS pediu, a pausa que o PS pediu, o Governo espera poder receber e contactará para receber, para saber o que é que vem dessa bola que o PS agora tem nas suas mãos", afirmou.

A líder parlamentar socialista afirmou hoje que o PS aguarda o contacto do Governo para uma nova reunião sobre o orçamento e que só nesse encontro serão apresentadas propostas, assegurando que o partido mantém a mesma postura desde julho.

Alexandra leitão referiu que aquilo que ficou acordado foi que o seu partido "em cerca de 48 horas estará preparado" e a partir daí aguarda "um convite para uma nova reunião" e que, sem essa marcação, não vai enviar propostas.

O ministro da Presidência insistiu - para que "não já dúvidas para o PS e para todos os outros partidos" -, que "o Governo entende que a prioridade é o país ter um orçamento".

"Para isso, estamos profundamente comprometidos em construir compromissos com todos aqueles que estejam interessados em construir um compromisso", disse, repetindo a disponibilidade do Governo para negociar as suas próprias propostas, "incluindo no domínio do IRC, incluindo no domínio do IRS".

Já sobre a posição do líder do Chega, que reiterou hoje que o seu partido "está fora das negociações" do próximo Orçamento do Estado porque o Governo continua a negociar com o PS, Leitão Amaro respondeu que "o Governo está aberto ao diálogo com todos, todos e todos".

"Excluem-se das negociações os partidos que se excluem das negociações", disse, referindo que, desde o início, PCP e BE disseram que iriam votar contra o documento e que se autoexcluíram "do detalhe e da negociação".

Leitao Amaro recordou que o Governo forneceu na quarta-feira aos partidos, com mais antecedência do que é habitual, o cenário macroeconómico que enquadra o próximo Orçamento e já fez duas rondas de negociações com toda a oposição.

"O Governo está disponível para ouvir e negociar com todos. Exclui-se quem se quiser excluir. Não é o Governo que está a excluir ninguém", reforçou.