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Madeira

Denúncias de Sérgio Marques ao PSD-Madeira eram o foco há 10 anos

No Desporto, DCIAP acusava o Marítimo de fraude fiscal

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Há 10 anos, o DIÁRIO destacava na sua primeira página que os "Pactos Suspeitos" do PSD eram denunciados por Sérgio Marques, que era candidato à liderança regional dos sociais-democratas.

A 11 de Setemro de 2014, era noticiado que Sérgio Marques, então candidato à liderança do PSD-Madeira, teceu duras críticas a todos os outros candidatos - Miguel Albuquerque, João Cunha e Silva, Manuel António Correia - à excepção de Miguel de Sousa, que conseguiu 'escapar' ao apontar de dedo do antigo eurodeputado.

Entre as variadas críticas a Miguel Albuquerque destacava-se a denúncia feita à "relação de grande proximidade" com Jaime Filipe Ramos, que fazia a Sérgio Marques acreditar que o então secretário-geral do partido poderia ser apoiante do antigo presidente da Câmara Municipal do Funchal.

"Constata que Albuquerque nunca criticou Ramos com a contundência como o faz a Jardim e que foi particularmente brando acerca do inacreditável Regulamento formulado por Jaime para utilização das Sedes do PSD", pode ler-se na notícia.

Quanto ao comentário dirigido a João Cunha e Silva, Sérgio Marques confessava alguma incompreensão com a sua forma de estar na campanha e ao mesmo tempo no Governo Regional, aconselhando-o a renunciar aos cargos. "Se considerava que a duplicidade das suas funções de presidente do Conselho Regional e candidato à liderança do PSD o impedia de se pronunciar, porque não indicou alguém da sua confiança para o fazer, até porque tem feito a sua campanha pela voz do seu mandatário? Não é este o exemplo suficiente para perceber que deveria ter renunciado aos cargos no Partido, já para não falar no Governo, quando se candidatou, para evitar conflito de estatutos", questionava naquele tempo.

Já a postura de Manuel António Correia, Sérgio Marques considerava ser "bem mais compreensível", visto ser "o candidato da continuidade", e que "a proximidade com o poder do partido" era visível na utilização relâmpago de uma Sede, pouco tempo depois de ter sido conhecido o Regulamento para o usufruto das mesmas. Não obstante, também apontava que Alberto João Jardim "era o principal patrocinador" de Manuel António Correia.

DESPORTO - DCIAP acusa Marítimo de fraude fiscal

Cinco elementos ligados à administração/direcção do Marítimo foram acusados de fraude fiscal, num processo que envolvia ainda largas dezenas de actuais e ex-atletas e treinadores da colectividade e que remontava a contratos de trabalho estabelecidos desde o ano 2000.

Em 2014, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que liderou a investigação, entendia haver matéria para deduzir acusação ao então presidente do emblema verde-rubro, Carlos Pereira, aos administradores da SAD, Rui Sá e Rui Nóbrega, bem como aos ex-dirigentes do clube, Jacinto Vasconcelos e Ivo Martins.

"Em causa está o alegado não pagamento de verbas à administração tributária de parte do pagamento dos salários aos mais de 80 trabalhadores cujos contratos contemplavam acordos de utilização de imagem para fins comerciais e publicitários com a empresa Promax. Uma sociedade que o DCIAP entende ter sido formada com o intuito da instituição reduzir os seus encargos em sede de IRS. Em suma, o DCIAP acreditava que o Marítimo pagava os salários aos seus profissionais através de dois contratos distintos. Um que declarava às Finanças e um outro cujo montante não era dado a conhecer à administração tributária", pode ler-se no artigo.