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Encontrados corpos dos quatro alpinistas coreanos e italianos presos no Monte Branco

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Foto DR

Os corpos dos quatro alpinistas coreanos e italianos presos durante três dias, devido ao mau tempo, perto do cume do Monte Branco, o ponto mais alto dos Alpes, foram hoje encontrados, adiantaram as autoridades do departamento francês de Haute-Savoie.

As equipas de resgate, que tiveram dificuldade em aceder ao local devido às difíceis condições meteorológicas, "encontraram primeiro os dois coreanos e nas imediações os italianos", detalharam as autoridades locais francesas.

Um voo organizado de manhã a partir de Chamonix, nos Alpes franceses, para os localizar falhou, bloqueado por uma barreira de nuvens.

As equipas de resgate italianas foram então a pé "mas não viram nada", segundo a Gendarmaria [polícia militarizada] de Haute-Montagne (PGHM) de Chamonix.

Por fim, "foi o helicóptero Annecy PGHM que conseguiu aterrar e encontrou [os corpos] por volta das 13:30 (12:30 em Lisboa), a 100-200 metros do cume", acrescentaram os polícias.

No final da tarde de sábado, o PGHM tinha sido alertado para "três equipas de alpinistas em perigo não muito longe do cume do Monte Branco, em condições meteorológicas muito más".

Uma equipa, com dois coreanos, conseguiu ser retirada na manhã de domingo, com o apoio de recursos significativos, a uma altitude de 4.100 metros, não muito longe do passo de Brenva.

Mas a deterioração das condições meteorológicas não permitiu a intervenção junto das outras duas equipas.

O Ministério Público de Bonneville, na Alta Saboia, é o responsável pela investigação, segundo a câmara municipal.

Esta tragédia surge depois de vários acidentes mortais ocorridos este verão no maciço do Monte Branco, o cume da Europa Ocidental que se eleva a 4.807 metros de altitude, nomeadamente no corredor Goûter, conhecido por ser perigoso, localizado na rota normal para o cume alpino.

Um alpinista romeno de 35 anos morreu em 02 de setembro, vítima de uma queda no corredor Goûter.

No final de agosto, um alpinista de 52 anos, que fazia uma viagem, morreu durante uma queda de rochas no mesmo corredor, elevando para quatro o número de mortes no maciço na mesma semana.

No início de agosto, dois montanhistas alemães desapareceram após uma queda de um "serac", termo utilizado para denominar as fraturas nos glaciares na região, que matou um francês e feriu quatro, ainda no maciço do Monte Branco.

Já no final de junho, um polaco de 30 anos morreu enquanto descia pelo corredor Goûter, a 3.500 m de altitude.