Perante a “nova” legislação supostamente temporária implementada pelo Governo Regional, existem parâmetros que são discriminatórios em relação aos comuns cidadãos que são na realidade o sustento do turismo e economia da Ilha da Madeira.

Vejamos, muitos dos cidadãos que trabalham na hotelaria, restauração e similares, assim como funcionários de saúde, forças de segurança entre outros, não têm o chamado “FIM DE SEMANA” nem têm o chamado “FERIADO”, pois muitos têm o seu “fim de semana” à quarta e quinta feira, ou terça e quarta etc...

Ou seja, ao serem “excluídos” e “privados” da sua apanha de lapa familiar em qualquer outro dia, os que têm o seu “fim de semana” e “feriados” nos dias de semana, estão a ser discriminados numa sociedade intitulada de democrática e justa, mas nunca querem saber da opinião do povo.

Por outro lado acho peculiar que não foi feito nenhum “estudo” e foram concedidas várias licenças de 200KG com margem de erro em mais 20kg por dia e aos olhos de alguns que querem deter o monopólio do mercado inflacionando os preços para o seu próprio benefício, quem aparentemente é o “mau” da fita é o apanhador familiar ou o apanhador de 15kg, se for para realmente para reduzir as capturas, reduzam nos que têm licenças de 200kg, por exemplo para os 150kg com margem de erro de 15kg, porque na realidade é fazer bem as contas e irão ver quem realmente está a diminuir a produção da lapa fazendo inclusive exportação que é do vosso conhecimento.

Fazendo as contas, durante a altura da apanha, uma única embarcação apanha aproximadamente 1100Kg por semana, dá um total em seis meses de 33000Kg por embarcação, agora vezes umas 18 embarcações com licenças de 200kg no total, durante a época de apanha de lapa, dá um valor aproximado de 594.000Kg, afinal quem é que está dando cabo do stock da lapa!?

Um único indivíduo apanhador amador de lapa, apanha em média 75kg, totalizando 375kg por mês e durante toda a época aproximadamente 2 250kg, a apanha amadora é insignificante comparativamente com a apanha de lapa profissional e claramente vemos quem são os verdadeiros responsáveis pela redução da quantidade da espécie.

Os madeirenses por natureza têm famílias numerosas, por isso a apanha familiar deve ser mantida nos mesmos moldes, independentemente dos dias a ser praticada essa apanha de lapas, mantendo assim parte da nossa nobre tradição.

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