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Demitir director dos serviços prisionais "era a decisão mais fácil" da ministra

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Foto FILIPE AMORIM  

O Sindicato Nacional do Corpo dos Guardas Prisionais (SNCGP) considerou hoje que aceitar a demissão do diretor-geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) "era a decisão mais fácil" para a ministra da Justiça.

"Era a decisão mais fácil da senhora ministra, espero que venha à conferência com coragem de mudar o sistema", disse à Lusa o presidente do sindicato Frederico de Morais.

Rui Abrunhosa Gonçalves apresentou hoje a demissão do cargo, que foi aceite pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, disse à Lusa fonte do Governo.

A demissão do diretor-geral dos serviços prisionais surge na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus no sábado e horas antes da primeira intervenção pública de Rita Alarcão Júdice sobre este caso, numa conferência de imprensa no Ministério da Justiça, em Lisboa.

Rui Abrunhosa Gonçalves estava à frente da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) desde agosto de 2022.

A saída da DGRSP ocorre na sequência da fuga de cinco reclusos, no sábado, do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.

A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09:56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.