População dos destinos turísticos não pode sentir-se estranha dentro do seu próprio território
Nuno Batista referiu na abertura das JAT que o Porto Santo é provavelmente a zona de Portugal com maior potencial de crescimento do investimento na área do Turismo
"O Porto Santo é, em Portugal, provavelmente, a zona com maior capacidade de crescimento do investimento na área do turismo", o que coloca desafios à "jóia de Portugal", "para que possamos fazer crescer um território reduzido e manter a identidade e a sustentabilidade".
Uma convicção assumida pelo presidente da Câmara do Porto Santo na sessão de abertura da segunda edição das Jornadas Atlânticas de Turismo (JAT) que decorre hoje e amanhã na ilha do Sal, em Cabo Verde. Trata-se de uma iniciativa que dá continuidade ao projecto de geminação entre as cidades do Porto Santo, Velas e Sal e que, segundo Nuno Batista, pretende “dinamizar e estreitar os laços de amizade e cooperação entre os três municípios, elevando a troca de ideias e conhecimentos, contribuindo assim para o desenvolvimento e projecção destes concelhos”.
Para Nuno Batista, a sustentabilidade das ilhas é determinante. Sobretudo por ser uma forma de garantir “que aquilo que nos distingue pelo bem não se perde, mas se mantém”, o que implica recuperar e requalificar "de modo que todos aqueles que nos visitam no espaço da Macarronésia e fazem das ilhas o melhor distinto turístico, percebam aquilo que temos para oferecer e que vai beneficiar as populações de cada uma dessas ilhas".
“Este é um princípio base por menos para o município do Porto Santo: É que tudo aquilo que é criado na economia local por meio do turismo tem que ser diluído naquilo que principalmente nós definimos e aquilo que trabalhamos todos os dias, que é a qualidade e o nível de vida das nossas populações e que jamais elas se sintam estranhas dentro do seu próprio território. Sabemos que em muitos espaços que cresceram demasiado no turismo isso aconteceu e acho que os temas que aqui são trazidos como a sustentabilidade e a competitividade, como a questão dos resorts, a implicação dos mesmos nas economias locais, a forma como a economia local pode beneficiar do tudo incluído por exemplo, são assuntos que devem ser debatidos, analisados, para que os presidentes de Câmara tomem as suas decisões em consciência e que essas decisões venham sempre beneficiar as populações e o território e não ao contrário”. Nuno Batista, à margem da sessão de abertura das JAT
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