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Ministro escreve aos professores com promessa de valorização da carreira

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O ministro da Educação, Ciência e Inovação escreveu aos professores em vésperas do regresso às aulas para desejar um "excelente ano letivo" com a promessa de valorização da carreira docente.

"As aulas estão quase a começar. Os seus alunos contam consigo. Eu conto consigo. E peço-lhe que conte também com a minha equipa para, através da ação do nosso Ministério, contribuirmos para uma educação de qualidade para todos", escreveu Fernando Alexandre.

Na carta, que começou a ser enviada ao final da tarde de segunda-feira para todos os professores, o ministro da Educação sublinha a desvalorização da profissão "ao longo das últimas décadas", mas promete uma revisão do Estatuto da Carreira Docente.

"No próximo mês de outubro iremos iniciar o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente. Para dar aos professores a importância que merecem, temos de tornar a carreira mais atrativa", escreve o governante.

As negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente vão arrancar a partir de 21 de outubro e o ministro espera que o processo esteja concluído no prazo de um ano.

Na carta, Fernando Alexandre reconhece ainda os desafios associados ao início do ano letivo e pede motivação aos milhares de docentes que, a partir de quinta-feira, começam a regressar às aulas.

"Desejo-lhe um excelente ano letivo, ao longo do qual, aluno a aluno, consigamos demonstrar o poder transformador da educação, cumprindo as expectativas que as famílias e o país nela depositam", termina a carta.

As aulas começam entre os dias 12 e 16 de setembro num novo ano letivo que o ministro da Educação já admitiu que vai arrancar com "milhares de alunos sem aulas".

O Governo aprovou, para este ano, um conjunto de medidas para tentar responder à falta de professores nas escolas, que passam pela possibilidade de contratar professores aposentados com uma remuneração extra ou de bolseiros de doutoramento.

Além do plano "+ Aulas + Sucesso", o Governo vai criar um apoio a professores deslocados colocados em escolas para onde é difícil contratar docentes e vai realizar, ainda durante o 1.º período, um novo concurso de vinculação extraordinária para as escolas mais carenciadas.