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Autoridades filipinas detiveram mais de 160 pessoas em rusga contra jogo ilegal

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As autoridades filipinas invadiram um complexo suspeito de jogos ilegais e fraudes cibernéticas numa província central e detiveram mais de 160 pessoas, a maioria chinesas e indonésias, que cometiam crimes na internet, foi hoje anunciado.

A operação, realizada no sábado por mais de 100 agentes do Governo, apoiados pelos serviços secretos militares, num resort na cidade de Lapu-Lapu, fez parte da repressão contínua ordenada pelo Presidente Ferdinand Marcos Jr. contra jogos 'online' dirigidos sobretudo a clientes da China, onde estes jogos são proibidos.

Marcos disse que a prática massiva de jogos ilegais ignorou as leis das Filipinas, com violações das normas em larga escala, além de serem cometidos outros crimes, incluindo esquemas financeiros, tráfico humano, tortura, raptos e mortes.

A rusga no ´Tourist Garden Resort´, que tem 10 edifícios com piscinas, bares e restaurantes de karaoke, ocorreu depois de a Embaixada da Indonésia em Manila requisitar o resgate de oito indonésios forçados a trabalhar no setor dos jogos 'online', segundo a Comissão Presidencial Anticrime Organizado.

Pelo menos 162 estrangeiros foram "encontrados a trabalhar em três fazendas separadas dentro do complexo", afirmou a comissão, sem fornecer detalhes.

Estes crimes incluem esquemas fraudulentos de amor, jogos e investimento, que defraudaram vítimas em grandes quantias de dinheiro, de acordo com as autoridades filipinas.

A mesma fonte adiantou que 83 chineses, 70 indonésios, seis cidadãos de Myanmar (Birmânia), dois de Taiwan e um da Malásia vão ser enviados para Manila para enfrentarem um processo do Departamento de Imigração e possivelmente deportados, segundo a informação divulgada.

O dono do complexo hoteleiro foi preso e pode enfrentar acusações criminais, incluindo por albergar estrangeiros em situação ilegal, afirmaram fontes da comissão e da imigração.