Canadá vai aumentar presença militar no Ártico e no mar do Sul da China
O Canadá anunciou ontem que vai aumentar a sua presença no Ártico, perante as crescentes atividades da Rússia e de outros países, e a sua colaboração militar com a Austrália para enfrentar Pequim no mar do Sul da China.
O Ministério da Defesa canadiano manifestou preocupação com a situação no Ártico, uma vez que os países rivais não só estão a ostentar uma "postura mais afirmativa" na região, como também a utilizar táticas imediatamente "abaixo do limiar do conflito armado".
A porta-voz do ministério, Frédérica Dupuis, referiu-se especificamente a "atividades científicas e económicas aparentemente inofensivas que servem de cobertura para a recolha de informações militares e para o planeamento de ações".
Em maio, o Canadá alertou para o facto de a Rússia e a China estarem a investir grandes somas de dinheiro e recursos em infraestruturas no Ártico que lhes permitem criar "novas capacidades".
Dupuis apontou diretamente a Rússia, que "continua a modernizar e a reforçar a sua presença militar no Ártico, investindo em novas bases e infraestruturas".
"Estamos a assistir a uma grande atividade russa. É muito capaz de projetar forças aéreas, navais e de mísseis tanto no Ártico como em toda a região", acrescentou.
E o extremo norte do planeta, acrescentou a porta-voz canadiana, continua a ser fundamental "para ameaças como avançados mísseis de cruzeiro de longo alcance e armas hipersónicas".