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Polónia fecha compra de centenas de mísseis ar-ar aos Estados Unidos

FOTO DR
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A Polónia assinou um acordo com os Estados Unidos para a compra de várias centenas de mísseis ar-ar AIM-120C AMRAAM, anunciou ontem a agência nacional de armamento polaca.

A agência referiu que o valor do contrato é de "855 milhões de dólares", ou cerca de 783 milhões de euros.

As entregas de mísseis, cujo número exato não foi divulgado, "serão realizadas ao longo dos anos 2029-2033" e serão "utilizados por aeronaves de combate" da Força Aérea.

A Polónia possui atualmente aeronaves multifuncionais norte-americanas F-16.

Trata-se de um novo contrato importante no âmbito da modernização do Exército polaco, acelerada pela invasão russa da Ucrânia, noticiou a agência France-Presse (AFP).

País vizinho e apoiante incondicional de Kiev país, a Polónia dedicará este ano mais de 4% do seu produto interno bruto (PIB) à defesa, um montante de aproximadamente 30 mil milhões de euros, o dobro dos 2% solicitados pela NATO aos Estados-membros.

A Polónia embarcou também, com um custo de milhares de milhões de euros, numa série de aquisições de equipamento militar, principalmente dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Segundo meios de comunicação social, Varsóvia e Washington, que deram 'luz verde' no ano passado, deverão assinar na próxima terça-feira um acordo final sobre a compra de 96 helicópteros de combate norte-americanos AH-64E Apache com um valor estimado em mais de nove mil milhões de euros.

Estes dispositivos substituirão os helicópteros de combate soviéticos Mi-24.

Tendo em conta esta compra, a Polónia assinou na segunda-feira acordos de compensação industrial com as empresas norte-americanas Boeing e General Electric.

Estas dizem respeito à transferência de competências na manutenção destes helicópteros para fábricas polacas, contratos com um valor total de cerca de 215 milhões de euros.

Varsóvia anunciou também esta semana a futura assinatura de um contrato para a entrega de 48 lançadores de mísseis norte-americanos Patriot.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.