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Madeira

Taxa de abandono escolar precoce continua a diminuir na Madeira

Dados que constam do Inquérito ao Emprego de 2023 relativo à Educação

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Foto Shutterstock

A taxa de abandono precoce de educação e formação na Madeira, em 2023, fixou-se em 9,0%, registando uma redução de 0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior. Esse é um dos dados que consta do Inquérito do Emprego 2023, no que diz respeito à área da Educação, hoje divulgado pela Direcção Regional de Estatística (DREM).

Segundo nota da DREM, esta é uma variável que tem diminuído continuamente desde 2013, ano no qual atingia 28,2%, sendo que em dez anos decresceu 19,2 p.p.. “Embora não de forma linear, há uma tendência de convergência da taxa de abandono precoce regional para a média nacional, que expressa em média móvel de 3 anos, se fixou em 6,9%, reflectindo, em 2023, um diferencial de 2,1 p.p..”, explica a DREM.

Segundo a mesma fonte, em 2013, a taxa regional era superior à nacional em 7,5 p.p.. Entre 2013 e 2023, o decréscimo desta taxa na RAM foi de 19,2 p.p., enquanto a nível nacional foi de 13,7 p.p.. 

A taxa de abandono precoce é maior para os homens (13,0%) do que para as mulheres (4,9%). Depois de em 2020 o diferencial entre os dois géneros ter atingido um mínimo de 3,9 p.p., o mesmo aumentou nos últimos 3 anos, fixando-se em 2023 nos 8,1 p.p..

Quanto à taxa de aprendizagem ao longo da vida, no ano passado foi de 9,3%, maior valor da série iniciada em 2011, sendo mais expressiva nas mulheres (11,0%) do que nos homens (7,6%). A nível nacional, em 2023, a taxa de aprendizagem ao longo da vida fixou-se em 13,3%, diminuindo 0,1 p.p. em comparação com o ano anterior. 

Taxas de escolaridade com tendência crescente

Há também boas notícias no que concerne às taxas de escolaridade. A tendência é crescente desde 2011 até ao ano passado. No caso do ensino básico, reflecte a população residente com idade entre 20 e 64 anos com pelo menos o 3.º ciclo do ensino básico completo, no total da população residente do mesmo grupo etário, tendo alcançado no último ano o valor de 66,7%, quando em 2011 era de 48,2%.

Já a taxa de escolaridade do nível de ensino secundário, que representa a proporção da população residente que concluiu o nível de escolaridade secundário, no total da população residente com idade entre 20 e 64 anos, aumentou para 50,2%. Em 2011 essa taxa fixava-se nos 31,5% e nos 31,5% em 2022.

“Considerando apenas o grupo etário 20-24 anos, esta última taxa atingiu na RAM em 2023 os 89,4%, reflectindo um aumento de 3,9 p.p. face ao ano anterior. A nível nacional, as taxas de escolaridade, em 2023, eram de 79,6% no caso do ensino básico e de 61,4% para o ensino secundário”, indica a DREM.

Por sua vez, a taxa de escolaridade do nível de ensino superior da população residente na RAM com idade entre 30 e 34 anos (média móvel de 3 anos) fixou-se em 35,8% em 2023 (43,7% nas mulheres e 27,5% nos homens). Apesar desta percentagem ser ainda inferior à média nacional (41,2%), reflete um aumento de 8,6 p.p. face a 2013 (1.º ano da série com a taxa igual a 27,2%). 

Mínimo nos jovens sem trabalhar ou estudar

A percentagem de jovens (16-34 anos) não empregados que não estão em educação nem em formação (NEEF) fixou-se em 2023 em 11,9%. Este é um valor inferior em 1,4 p.p. comparativamente a 2022, constituindo o valor mínimo da série iniciada em 2011.

Há uma nota para o facto deste indicador ter diminuído no grupo etário 25-34 anos 2,1 p.p.. No ano que terminou, a taxa das mulheres entre 16 e 34 anos que não estão em educação nem em formação (11,4%) foi inferior à dos homens (12,4%), invertendo-se a relação existente nos últimos anos. À percentagem de NEEF de 11,9% em 2023 equivalem 6,2 mil jovens, dos quais 3,7 mil estavam inativos e 2,5 mil estavam desempregados, correspondendo a taxas de 59,9% e 40,1%, respetivamente.

Contrariamente, a nível nacional, entre 2022 e 2023, assistiu-se a um aumento da referida taxa, passando no grupo etário 16-34 anos de 9,5% em 2022 para 9,7% em 2023 (+0,2 p.p.). Neste último ano, a taxa das mulheres (10,1%) superou a dos homens (9,4%) em 0,7 p.p. Por grupo etário, em 2023, a taxa de jovens que NEEF com idade entre 25 e 34 anos foi de 10,6% (11,5% em 2022).