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Irão enforcou hoje 29 pessoas e ativistas receiam aumento das execuções

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O Irão enforcou hoje 29 pessoas, 26 das quais numa execução coletiva, pouco depois de ter sido condenado internacionalmente por ter executado um homem na véspera, anunciou uma Organização Não-Governamental (ONG).

A ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, disse que 26 homens foram executados na prisão de Ghezel Hesar em Karaj, perto de Teerão, e três outros homens foram executados numa outra prisão, na mesma cidade.

Tinham sido condenados por assassínio, tráfico de droga e violação. Entre eles encontravam-se dois cidadãos afegãos.

Outros grupos de defesa dos direitos humanos, a Human Rights Activists News Agency (HRANA), sediada nos Estados Unidos, e o Centre for Human Rights in Iran (CHRI), sediado em Nova Iorque, confirmaram igualmente a execução de pelo menos 20 pessoas em Karaj.

De acordo com a Amnistia Internacional, o Irão executa mais pessoas por ano do que qualquer outro país, com exceção da China. De acordo com a IHR, uma execução em massa a esta escala não tem precedentes no Irão nos últimos anos, sendo que o último exemplo comparável data de 2009.

Os ativistas dos direitos humanos acusam o Irão de utilizar a pena de morte como meio de intimidação face ao movimento de protesto desencadeado pela morte sob custódia, em setembro, de Mahsa Amini, uma mulher curda iraniana de 22 anos, detida por violar um código de vestuário rigoroso.

"Sem uma resposta imediata da comunidade internacional, centenas de pessoas poderão ser vítimas da máquina de matar da República Islâmica nos próximos meses", alertou o diretor da IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam.