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Madeira

Chega lamenta a morte do Lince e exige responsabilidades

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O Chega Madeira manifesta, em nota emitida, o seu "profundo pesar pela morte do lince do deserto, ocorrida num processo mal conduzido desde o seu início" e apela ao apuramento de responsabilidade. 

O partido aponta que a morte do animal "poderia ter sido evitada" e considera que o caso reflecte a necessidade de "uma reflexão profunda sobre os procedimentos e práticas actualmente em vigor na nossa região", atendendo às "falhas graves na gestão e manuseamento de espécies exóticas, que devem ser abordadas com celeridade e responsabilidade". 

Para o presidente do Chega Madeira, Miguel Castro, "a fiscalização nos principais pontos de entrada da região autónoma, nomeadamente em aeroportos, portos, marinas, entre outros, é manifestamente escassa e deficitária".

Esta falha é ainda mais preocupante devido à falta de formação e de recursos humanos adequados para prevenir a introdução de espécies exóticas que ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas locais. A proteção das espécies indígenas e endémicas da Madeira deve ser uma prioridade e exige uma ação decisiva por parte das autoridades competentes. Miguel Castro

O partido alerta que a responsabilidade por este caso "não deve, nem pode, ficar sem resposta", defendendo que "os erros humanos ao longo deste processo devem ser apurados e corrigidos", a começar pela entrada da espécie na Madeira, "um facto que exige uma investigação detalhada para evitar a repetição de situações semelhantes no futuro.”

Adicionalmente, é preocupante a falta de sensibilidade demonstrada pela senhora procuradora, ao não permitir que o lince permanecesse no ambiente familiar onde tinha crescido, sob a tutela da família de acolhimento, em conformidade com a lei do fiel depositário. É igualmente imperativo averiguar junto dos veterinários do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) que acompanharam o lince, sobre os sedativos utilizados, a quantidade das dosagens e o intervalo de tempo entre as administrações. A falta de clareza e transparência neste processo deve ser abordada com seriedade. Chega

O Chega Madeira agradece à T-Falcon pelo acolhimento do lince, "embora as condições oferecidas não fossem as ideais para este tipo de animal", descrevendo que a empresa, "com uma taxa de sucesso superior a 90% na recuperação de mais de 175 aves apenas este ano, demonstrou um compromisso louvável para com a preservação da vida selvagem".