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Bolsas europeias em alta, a seguir mercados asiáticos, incluindo Tóquio

Foto Video Media Studio Europe / Shutterstock.com
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As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, na sequência das subidas dos mercados asiáticos, nomeadamente de Tóquio, e de um fecho positivo em Wall Street.

Às 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a avançar 0,71% para 491,90 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt subiam 0,98%, 0,91% e 0,64%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,72% e 0,93%, respetivamente.

Depois de abrir a subir, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando às 09:00 o principal índice, o PSI, a avançar 0,80% para 6.507,51 pontos.

Na sessão de terça-feira, as bolsas europeias também começaram no verde, mas fecharam com resultados mistos.

A bolsa de Tóquio, que tem sido o centro das atenções dos investidores nos últimos dias, fechou com um ganho de 1,19%.

O principal índice, o Nikkei, que estava a negociar em baixa, deu a volta depois de o Banco do Japão ter anunciado que não está a considerar aumentar novamente as taxas de juro enquanto a instabilidade do mercado persistir.

A subida das taxas de juro pelo Banco do Japão na semana passada é um dos fatores que esteve na origem da queda dos mercados na segunda-feira.

Muitos investidores que tinham contraído empréstimos em ienes, aproveitando as baixas taxas de juro para comprar ativos mais rentáveis - uma prática conhecida como "carry trade" - foram forçados a desfazer as suas posições com a subida da moeda japonesa.

"É necessário manter a atual flexibilização por enquanto", disse o vice-governador do Banco do Japão, Shinichi Uchida, numa conferência financeira na cidade de Hakodate, no norte do Japão.

Uchida sublinhou que o aumento das taxas de juro numa situação de instabilidade dos mercados financeiros "não é uma opção".

Na Ásia, os investidores estiveram também atentos à balança comercial da China, que registou um aumento das exportações.

Em Wall Street, os principais índices fecharam na terça-feira a verde, embora com ganhos moderados.

O Dow Jones terminou a subir 0,76% para 38.997,66 pontos, contra o máximo, de 41.198,08 pontos, desde que foi criado em 1896, e o Nasdaq, criado em 08 de fevereiro de 1971, a avançar 1,03% para 16.366,86 pontos, contra o novo máximo de 18.647,45 pontos verificado em 10 de julho.

Analistas do Renta 4 Banco citados pela Efe destacam as declarações da presidente da Reserva Federal de São Francisco, Mary Daly, que afirmou que a inflação está a caminhar para a meta dos 2% e que os dados do emprego de julho, uma das razões do nervosismo nos mercados, estão distorcidos, pois incluem um elevado número de despedimentos temporários.

Segundo estes analistas, os investidores aguardam agora as atas da Reserva Federal, que serão divulgadas em 21 de agosto, e o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, na tradicional reunião de bancos centrais de Jackson Hole, em 23 de agosto.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, avançavam para 2,245%, face a 2,198% na terça-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu hoje em baixa, a cotar-se a 76,41 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 76,48 dólares na terça-feira.

A nível cambial, o euro abriu a descer no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,0922 dólares, contra 1,0928 dólares na sessão anterior.