13 jornalistas foram detidos desde as eleições presidenciais
Pelo menos 13 jornalistas foram detidos na Venezuela desde as eleições presidenciais de 28 de julho, que reelegeram Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, mas cujos resultados são contestados pela oposição.
O número de detidos foi avançado pelo Sindicato de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e a organização não governamental Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea).
Os dois organismos referiram que os 13 jornalistas são acusados dos crimes de terrorismo, espionagem e conspiração, após terem publicado nas redes sociais fotografias de protestos contra o regime.
Por outro lado, de acordo com o Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS Venezuela) desde 03 de agosto que foram detidos 11 trabalhadores da imprensa, entre jornalistas e operadores de imagem.
Alguns destes trabalhadores foram entretanto expulsos do país, entre eles os chilenos Ivan Núñez e José Luis Tapia, os italianos Marco Bariletti e Ivo Bonito e os espanhóis Cake Minuesa e Álvaro Nieto.
De acordo com o SNTP e o IPYS Venezuela, várias estações de rádio foram advertidas pela Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela de que poderiam perder as autorizações de emissão se mencionassem os protestos da oposição no país.
O SNTP documentou ainda 17 casos de obstrução ao trabalho jornalístico, 10 de intimidação, dois roubos e a suspensão de um programa radiofónico.