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EUA apoiam mediação de Colômbia, Brasil e México na crise política da Venezuela

A certificação das actas das urnas eleitorais tem sido o centro da indefinição.   Foto Raul ARBOLEDA / AFP
A certificação das actas das urnas eleitorais tem sido o centro da indefinição.   Foto Raul ARBOLEDA / AFP

O governo dos EUA expressou na terça-feira o seu apoio explícito à mediação liderada por Colômbia, Brasil e México para procurar superar a crise política venezuelana subsequente às eleições presidenciais, de 28 de junho último.

O encarregado do Departamento de Estado para a América Latina, Mark Wells, disse, durante uma videoconferência com jornalistas, que os EUA estão "a favor do diálogo" da mencionada iniciativa diplomática e garantiu que estão a manter uma coordenação "muito estreita" com estes três governos.

Autoridades do Brasil, Colômbia e México estão em constante contacto com representantes do Presidente venezuelano Nicolás Maduro e do candidato da oposição Edmundo González para encontrarem uma solução para a crise política do país após as eleições presidenciais.

As três nações, cujos presidentes são aliados de Maduro, têm conversado com ambos os lados, disse à agência Associated Press um alto funcionário mexicano que participou nas discussões e que se recusou a caracterizar este diálogo como uma mediação formal.

Representantes dos três países têm recomendado que o Governo e a oposição respeitem as leis venezuelanas e compareçam perante as instituições apropriadas para recorrer de qualquer parte do processo, disse o funcionário.

Essa recomendação, no entanto, é um pedido difícil para a oposição, porque o partido que governa a Venezuela controla todos os aspetos do Governo, inclusive o sistema judiciário, utilizando-o para derrotar e reprimir oponentes reais ou suspeitos.

Ao contrário de muitos outros Estados que reconheceram Maduro ou González como vencedor, os governos do Brasil, Colômbia e México adotaram uma posição mais neutra, não rejeitando nem aplaudindo quando as autoridades eleitorais da Venezuela declararam Maduro vencedor nas urnas.