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Israel suspende rota de apoio humanitário devido a ataque em Gaza

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O exército israelita anunciou hoje estarem suspensas as operações na totalidade da rota de apoio humanitário no extremo sudeste da Faixa de Gaza, após um ataque com mísseis antitanque contra os soldados que estavam próximos dessa via.

Um oficial médico e um paramédico ficaram gravemente feridos no ataque, confirmaram à agência noticiosa EFE as forças armadas, que, em comunicado, referem vários feridos "em diferentes graus", tendo todos sido levados para um hospital.

O exército assegurou que a suspensão de atividade afeta toda a rede de estradas a partir de Kerem Shalom, que inclui as duas principais vias que atravessam Gaza de norte a sul para distribuir ajuda humanitária: a estrada de Salah ad Din, a leste, e a estrada de Al Rasheed, ao longo da costa.

A justificação para o cessar-fogo é a de que a área se tornou numa zona de "combate ativa".

"As tropas estão a operar para localizar e eliminar os milicianos na zona", acrescentou o exército, em comunicado.

A passagem de Kerem Shalom continuará a funcionar, assim como todas as outras rotas de ajuda humanitária que não partam desse local.

"A passagem será reaberta quando for possível", acrescentou o exército à EFE.

Kerem Shalom é um dos três únicos pontos que permitem a entrada de alguns dos bens básicos que escasseiam na devastada Faixa de Gaza, como produtos de higiene, medicamentos, alimentos frescos e até combustível que permita a circulação de veículos de ajuda humanitária e o funcionamento de hospitais e centrais de dessalinização de água, entre outras instalações que necessitam de energia.

Pelo menos 30 pessoas morreram e 66 ficaram feridas em ataques israelitas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Desde o início da guerra, há quase dez meses, 39.653 pessoas morreram e mais de 91.500 ficaram feridas no enclave palestiniano, que está sob bombardeamento israelita constante.

O atual conflito iniciou-se em reposta ao ataque sem precedentes do Hamas a 07 de outubro, que provocou mais de 1.200 mortos e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.