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Madeira

CH critica "subsídio-dependência" e exige "respeito por quem trabalha"

"Óbvio que quem precisa deve ser ajudado, mas não pode haver lugar ao parasitismo social", diz o deputado Francisco Gomes

Foto DR/Chega
Foto DR/Chega

O deputado madeirense do Chega (CH) na Assembleia da República, Francisco Gomes, emitiu uma nota de imprensa esta segunda-feira, no qual acusa "alguns dos partidos que têm dominado a política das últimas décadas de promover e fomentar ataques sistemáticos à família e à escola, duas instituições que considera nucleares e das quais dependem", na sua opinião, "o futuro dos povos e a prosperidade da civilização ocidental".

Segundo o parlamentar, "o objetivo desses ataques tem sido instaurar o que define como 'controlo repressivo dos vários aspectos da vida humana, incluindo a intimidade da vida familiar', de maneira a instaurar ideias, ideais e políticas que são opostas aos valores e princípios que têm definido, há séculos, a verdadeira identidade nacional", frisa.

"Certos políticos têm tentado, a todo o custo, destruir a família e controlar o ensino para reprogramarem a sociedade com base em ideias disfóricas e ofensivas", acusa. "O resultado tem sido o agravamento do contexto escolar e o declínio moral das comunidades, cada vez mais entregues a visões desrespeitadoras da humanidade e da vida", acrescenta.   

A juntar a estas preocupações, Francisco Gomes defende que "certos partidos têm vindo a alimentar uma cultura de desresponsabilização individual e de dependência total do governo, a qual", a seu ver, "apenas castiga os cidadãos que trabalham com honestidade e pagam os seus impostos".

"Certos líderes têm posto a dita solidariedade acima da responsabilidade e criaram um exército de subsídio-dependentes que se julgam no direito de exigir que aqueles que trabalham lhes paguem as contas", critica. "Óbvio que quem precisa deve ser ajudado, mas não pode haver lugar ao parasitismo social".

Analisando a política portuguesa das últimas décadas, o deputado "aponta que alguns políticos não estão interessados em criar uma sociedade onde os cidadãos e as empresas que trabalham colhem o fruto do seu esforço, mas apenas se interessam em sobrecarregar quem se esforça com impostos para, depois, usar esse dinheiro para entregar subsídios a quem lhes interessa de maneira a garantir a sua posição no poder". E acrescenta: "Há governos que não querem criar riqueza, mas gerir a pobreza. Isto é, querem manter a população pobre para distribuir migalhas por certos grupos em troca do seu voto. Quem mais sofre é quem trabalha, pois, para esses, o governo só tem impostos, exigências, burocracia e problemas."

Na opinião do deputado do CH, "está instaurado um clima de injustiça entre quem trabalha e quem escolhe não trabalhar, o qual, na sua óptica, tem conduzido à descrença, frustração, desânimo, empobrecimento e fragilização da própria democracia", sendo que para Francisco Gomes "é claro para todos que os direitos concedidos a alguns são encargos para outros. Por isso, para que certas pessoas fiquem em casa e outras tantas associações inúteis recebam subsídios, aqueles que trabalham têm de pagar mais impostos. Isto é a viciação da sociedade e tem de acabar".

Conclui, referindo que "é urgente rejeitar o que classifica de 'cultura do coitadinho' e criar condições para que aqueles que escolhem não trabalhar não sintam que têm mais poder de compra e qualidade de vida do que aqueles que trabalham", acreditando que "é preciso pôr fim a essa ideia dos 'coitadinhos' e dos 'injustiçados da vida'. As pessoas têm de sentir que o governo não existe para lhes dar de comer e que têm de fazer por si. Quem pode trabalhar e prefere não o fazer está a desrespeitar aqueles que lutam por uma vida digna e aqueles que, na realidade, merecem ser ajudados".