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A Guerra Mundo

Israel avisa que quem atacar país pagará "um preço alto"

FOTO ABIR SULTAN/AFP
FOTO ABIR SULTAN/AFP

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, insistiu hoje que o país está preparado "tanto para uma resposta rápida, como para um ataque" e alertou os seus inimigos que "pagarão um preço alto" em caso de uma ofensiva.

Numa visita à divisão do exército dedicada à tecnologia no terreno, Gallant foi informado sobre a integração de novos tipos de armamento durante a guerra de Gaza. Perante a escalada de tensões com o grupo xiita Hezbollah e com o Irão, o ministro defendeu que Israel está pronto a reagir tanto no solo como no ar. Uma brigada da infantaria israelita completou esta semana um exercício militar para simular "cenários de combate em território" no norte do país, sendo a primeira vez que o exército regular - não de reserva - realiza um ensaio militar na região. No âmbito do exercício, as tropas ensaiaram cenários de combate, retirada de feridos, utilização de camuflagem e deslocação em terrenos densos e montanhosos.

Israel está em alerta máximo para um possível ataque do Irão ou do Hezbollah. Os receios de uma conflagração regional aumentaram este fim de semana no Médio Oriente, onde os Estados Unidos reforçaram as suas forças militares, na sequência do assassínio atribuído a Israel do líder do Hamas e da morte, num ataque israelita, de um alto responsável do Hezbollah, que Teerão e o movimento libanês prometeram vingar. Mais de 60.000 israelitas das comunidades do norte do país foram retirados desde outubro, quando o grupo libanês começou a disparar projeteis contra Israel, em solidariedade com as milícias palestinianas da Faixa de Gaza.

Israel tem movido bombardeamentos que já provocaram a morte de 540 pessoas no Líbano -- a maioria combatentes do grupo xiita, mas também 110 civis. Já do lado israelita, morreram 47 pessoas, 25 da quais civis, incluindo 12 crianças. "Estamos determinados a continuar a lutar até mudarmos radicalmente a situação de segurança no norte e podermos trazer os residentes de volta a casa", afirmou o chefe do comando da frente interior do Exército israelita, o general Rafi Milo.

O ataque perpetrado a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas a partir de Gaza contra o sul de Israel causou a morte a cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada em dados oficiais israelitas. Das 251 pessoas raptadas na altura, 111 continuam detidas em Gaza, 39 das quais morreram, segundo o exército.

A ofensiva israelita lançada em resposta em Gaza custou até agora 39.550 vidas, segundo dados hoje atualizados pelo Ministério da Saúde do Governo de Gaza, que não deu qualquer indicação sobre o número de civis e combatentes mortos.