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Paris e Washington pedem "máxima contenção" no Médio Oriente

Foto Shutterstock
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Os chefes da diplomacia francesa e norte-americana concordaram, ontem, apelar a todas as partes no Próximo e Médio Oriente para "exercerem máxima contenção", a fim de evitar uma conflagração regional, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Stéphane Séjourné falou por telefone com Antony Blinken e partilharam "as suas preocupações sobre o aumento das tensões" na região, disse Christophe Lemoine, porta-voz do ministério.

"Concordaram continuar a apelar a todas as partes para que exerçam a máxima contenção, a fim de evitar qualquer conflagração regional que teria consequências devastadoras para os países da região", acrescentou.

Os dois países vão também prosseguir esforços "conjuntos" para um cessar-fogo "duradouro" em Gaza.

Esta reunião teve lugar numa altura em que as preocupações com uma possível escalada militar no Médio Oriente aumentaram devido à amplificação das ameaças contra Israel por parte do Irão e dos seus aliados.

O Irão, o grupo islamita palestiniano Hamas e o seu aliado libanês Hezbollah culparam Israel pela morte em Teerão, na quarta-feira, do líder do movimento palestiniano, Ismail Haniyeh.

O assassínio ocorreu poucas horas depois de um ataque reivindicado por Israel ter matado o chefe militar do movimento libanês, Fouad Chokr, na terça-feira à noite, perto de Beirute.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu país se encontra num "nível muito elevado" de preparação para qualquer cenário, "tanto defensivo como ofensivo".

Na sexta-feira, Paris pediu aos visitantes franceses "que ainda se encontram no Irão" que abandonassem o país "o mais rapidamente possível".

No que diz respeito ao Líbano, a França não pediu explicitamente aos seus cidadãos que abandonassem o país, como fizeram Washington e Londres.

No entanto, nos seus conselhos de viagem atualizados na quinta-feira, o ministério chamou "a atenção dos cidadãos franceses, em particular dos que estão de passagem, para o facto de os voos comerciais para França" estarem "ainda disponíveis".

Desde a guerra em Gaza, a França recomendou "formalmente" que os cidadãos franceses, "exceto por razões imperativas, não viajem para o Líbano, incluindo visitas turísticas e familiares".