"Populações afectadas e ordenamento florestal não podem cair no esquecimento", avisa a CDU
"Agora que os 'holofotes' dos órgãos de comunicação social nacional e internacional deixaram de estar direccionados para os acontecimentos fatídicos que assolaram a Região ao longo do corrente mês, não podemos permitir que tal como aconteceu em anteriores catástrofes naturais na Região sejam aluviões, intempéries ou incêndios, as populações afectadas, o correcto ordenamento do território e a prevenção de riscos, caiam no esquecimento", afirmou hoje Ricardo Lume, durante uma visita da CDU-Madeira à Serra de Água, uma das localidades mais afectadas pelos incêndios que se iniciaram a 14 de Agosto, precisamente naquela freguesia.
"O que é necessário é que sejam tomadas medidas em tempo útil para dar resposta aos problemas resultantes dos incêndios", defendeu o dirigente comunista, referindo ainda que "os moradores desta localidade demonstram descrédito, nas medidas propagandeadas pelos governantes".
"Não acreditam que estas cheguem em tempo útil para minimizar estragos, pois em anteriores catástrofes as ajudas, os apoios, a reconstrução de infra-estruturas afectadas, a reflorestação e a aplicação de medidas para prevenir riscos tardaram a chegar ou ainda não passaram de promessas”, reforçou Lume.
A CDU vai mais longe e alerta que, "se não forem tomadas medidas imediatas na recuperação e reconstrução de levadas e da limpeza das linhas de água, as produções agrícolas podem ser postas em causa".
"Chamamos a atenção para a necessidade imediata de medidas de apoio às vítimas, de reposição da capacidade produtiva, de estabilização dos solos das áreas ardidas, de recuperação de infra-estruturas destruídas ou danificadas e de restabelecimento de habitats e dos ecossistemas assim como consideramos urgente mudar de política na floresta, no ordenamento do território e na Protecção Civil", rematou.