Cerca de 30 mortos após noite de ataques israelitas em Gaza
Cerca de 30 palestinianos morreram hoje durante a madrugada na Faixa de Gaza após intensos ataques aéreos israelitas, avançaram fontes locais e médicas.
Ainda sem contabilizar os dados do ministério da Saúde sobre os mortos em hospitais nas últimas horas, desde 07 de outubro morreram em Gaza mais de 40.600 pessoas, a maioria mulheres e crianças, e cerca de 93.800 ficaram feridas.
Na sexta-feira à noite, pelo menos 17 palestinianos foram mortos na zona ocidental do campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, nove dos quais na sequência do disparo de dois projéteis de artilharia contra um edifício, informaram fontes palestinianas.
Outras quatro pessoas sucumbiram no bombardeio israelita ao último andar de um edifício pertencente à família Hamad, e outras quatro foram mortas no ataque a uma casa da família Zaqout na zona de Al-Hasayna.
"Cinco civis foram mortos e 15 membros da família Abu Bakr ficaram feridos quando a ocupação atacou uma casa pertencente à família al-Jabour" em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, informou hoje a agência noticiosa palestiniana Wafa, citada pela EFE.
No norte da cidade devastada de Gaza, os médicos da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS) transferiram três cadáveres e vários feridos para o hospital, depois de aviões de guerra israelitas terem atacado uma casa no bairro de Sabra, a sul da capital de Gaza.
No bairro de Zeitun, segundo a Wafa, três outros palestinianos foram mortos quando um míssil israelita atingiu a sua casa, e um quarto morreu no ataque aéreo ao apartamento da família Nassar no campo de Jabalia (norte).
Na sequência das últimas ordens de evacuação dadas pelas forças israelitas em Deir al-Balah e Khan Yunis, a sobrelotação e as condições de vida na zona humanitária de Al Mawasi, que ocupa cerca de 14% da Faixa de Gaza, tornaram-se ainda mais difíceis.
"A sobrelotação, a grave falta de água e a escassez de serviços de saneamento estão a alimentar a propagação de doenças. Não somos capazes de lidar com o grande número de necessidades", disse na sexta-feira um coordenador dos Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Os MSF afirmaram que tratam entre 300 e 400 casos diariamente numa clínica da zona, dos quais 200 estão relacionados com doenças de pele contagiosas, que afetam sobretudo crianças.