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Duplicam as recusas de Israel a missões humanitárias na Faixa de Gaza

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Foto Cruz Vermelha

A ONU denunciou que o número de recusas israelitas às missões e movimentos humanitários na Faixa de Gaza duplicou em agosto em relação a julho, num contexto marcado por uma grave crise social resultante da ofensiva militar em curso.

No norte da Faixa de Gaza, as autoridades israelitas rejeitaram 68 pedidos de agentes humanitários, em comparação com 30 recusas em julho, o que significa que apenas 74 deslocações puderam ter lugar, ou seja, 37% do total.

No sul, os vetos aumentaram de 53 para 99 num mês, segundo um relatório do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

A organização também observou que "os ataques contra o pessoal e as missões humanitárias estão a aumentar o risco de limitar o acesso e a distribuição da ajuda", como ficou patente esta semana com o disparo contra um veículo do Programa Alimentar Mundial (PAM).

A agência suspendeu "até nova ordem" a deslocação do seu pessoal.

O exército israelita também reconheceu um ataque, na quinta-feira, a um comboio de ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza, embora tenha afirmado que o alvo eram homens armados que tinham tomado o controlo de um dos veículos.

A ONG ANERA confirmou hoje o incidente, que causou a morte de quatro pessoas.