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Madeira

Expo Porto Santo promove o comércio, turismo e serviços da ilha

Presidente do Governo Regional mostra-se “muito optimista” em relação ao futuro do Porto Santo

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Foto Gonçalo Maia

A Expo Porto Santo 2024 abriu portas esta sexta-feira, no Pavilhão Multiusos do Porto Santo. O retornado evento, que se prolonga até ao dia 8 de Setembro, tem novamente o intuito de promover o comércio, turismo e serviços da ‘Ilha Dourada’. É um evento “muito importante e que vem sendo consolidado ao longo dos anos”, que “já faz parte da agenda mediática do Porto Santo”, segundo o presidente do Governo Regional.

Num discurso durante a inauguração do certame, Miguel Albuquerque deixou a garantia de que o Governo vai continuar a apoiar AICTPS – Associação de Indústria, Comércio e Turismo do Porto Santo, entidade organizadora, e a “auscultar os empresários do Porto Santo, através dos seus representantes”.

Mais, o líder do Executivo Regional afirma que “as perspectivas para o Porto Santo são extremamente favoráveis”, algo que diz sem recorrer a “achismos”. “Não faço aquilo que alguns fazem, que é o achismo, vão para as redes sociais achar. Não, a gente pega nos números e vê”, assegura.

Munido de números, Albuquerque vincou que “vamos fechar este ano com 7 mil milhões de euros de PIB na Madeira, o mais alto de sempre”. Referiu, também, a taxa de desemprego “muito residual”, as contas públicas “em ordem”, e o rácio de dívida pública “muito inferior à média nacional e muito inferior à média europeia”. “Vamos continuar a fazer este processo de amortização da dívida, para libertar as finanças públicas”, garante.

Miguel Albuquerque fez questão, também, de lembrar a progressiva redução fiscal, e que o Norte da Madeira e o Porto Santo têm o IRC mais baixo do País. Relativamente à ‘Ilha Dourada’, prometeu “manter os investimentos públicos no Porto Santo”, recordando aqueles que estão a ser feitos na Unidade de Saúde Local, que ascende aos 12 milhões de euros, na ampliação do lar, na área da educação e social. “Vamos prosseguir com o apoio ao desenvolvimento do Porto Santo”, afirma. Outra obra “importantíssima” é a ampliação do Campo de Golfe do Porto Santo.

Existiam os cépticos do que diziam que o Campo de Golfe do Porto Santo era megalómano. Neste momento, temos de fazer o aumento e vamos lançar o concurso para aumentar mais nove buracos, porque é um campo de golfe que esta completamente saturado de jogadores. Vamos aumentar no sentido de garantir que podem usufruir do campo mais cento e tal jogadores, o que permite termos mais um operador na área do golfe, que faz com quem o Porto Santo tenha uma quebra acentuada na sua sazonalidade durante o Inverno. Miguel Albuquerque

O presidente do Governo Regional está “muito optimista” em relação ao futuro do Porto Santo. “Os próximos 10 anos vão ser de transformação radical desta ilha em termos de melhorias em todas as suas vertentes” atesta. Referiu o investimento que está a ser feito numa nova unidade hoteleira e a perspectiva para novos investimentos na ilha, bem como a remodelação da Marina do Porto Santo, que quer “tornar uma das mais atractivas do País”.

A minha preocupação com este crescimento económico e com a atractividade que o Porto Santo vai ter, é continuar a defender os interesses dos residentes da ilha. O investimento decisivo que vamos continuar a fazer vai ser na habitação para que a população do Porto Santo tenha acesso à habitação, que é um direito essencial, a preços acessíveis. Miguel Albuquerque

Tempo, também, para referir aquilo que é menor bom. “A Binter é um problema tipicamente português”, refere Albuquerque, que critica que “as leis estão feitas para empalhar, e para ficar tudo em águas de bacalhau”. Lamenta que passados anos da abertura do concurso continuem “com recursos e tramitações burocráticas, que tem sido uma pouca-vergonha”, sendo que “são os porto-santenses e o turismo do Porto Santo que são prejudicados”.

Tudo demora uma eternidade. Se a ideia era meterem um avião aqui com meia dúzia de lugares, onde não cabia um saco de golfe, isso não nos interessa nada. Mas nós sabemos como são as coisas e quem está por trás disto. Miguel Albuquerque

“Era fundamental baixar impostos e apoiar os comerciantes”

O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo louvou a aposta que foi feita em reavivar a Expo Porto Santo. “Sabia, quando o Dr. Castro desafiou para recuperarmos a Expo, que já não se realizava há alguns anos, que iriamos ter alguma dificuldade, mas nunca duvidei da capacidade em promover a união entre os comerciantes, bem como na organização deste evento”, assegura.

Oportunidade para Nuno Batista responder às “vozes que diziam que muito do Orçamento Municipal era direcionado para eventos, era fazer festas e deitar dinheiro ao vento, hoje está provado que era precisamente o contrário”.

Era fundamental dinamizar a economia local. Era fundamental baixar impostos e apoiar os comerciantes para que estes tivessem condições para melhorar a sua actividade e acho que hoje todos nós reconhecemos que o comércio local, em todas as suas áreas, tem mais capacidade e oferece cada vez melhores serviços. Nuno Batista, presidente da CM do Porto Santo

O autarca referiu, também, as taxas de IRC, que levaram a que as empresas que operam no Porto Santo prefiram ter a sua sede fiscal na ilha, lá derramando mais impostos.

Somos os empresários resilientes. Hoje vamos apresentar comércio, turismo e serviços, além disso temos artesanato e folclore. Queremos apresentar produtos da Região. Mas, acima de tudo: obrigado Senhores Expositores. José António Castro, AICTPS