DNOTICIAS.PT
Madeira

JPP acusa GESBA de continuar a “massacrar” os agricultores

None

O Juntos Pelo Povo afirma que a empresa pública que gere o sector da banana continua a fazer “ouvidos de mercador” aos protestos dos produtores e às suas justas reivindicações. Atira que, esta sexta-feira, se repetiu a situação “caótica, recorrente nos últimos tempos", para proceder à descarga da banana em armazém.

Os agricultores denunciam ao JPP “o massacre” e os prejuízos de “milhares de euros” só neste mês de Agosto. A insatisfação tem sido muita, "mas a empresa pública mantém-se insensível à situação caótica que ela própria criou, não respeitando o que que está contratualizado com os agricultores para a operação de corte, transporte e entrega atempada da banana", atesta o partido.

De acordo com o relato feito pelos produtores ao vice-presidente do grupo parlamentar do JPP, Rafael Nunes, “os prejuízos financeiros são avultados”, devido à perda de “milhares de quilos de banana a amadurecer e a apodrecer em cima da terra, por manifesta incapacidade de gestão e logística da GESBA”.

Os agricultores referem que têm de esperar várias horas para descarregar a banana, sendo que alguns ficam de um dia para outro, o que se reflecte na perda de qualidade do produto e, consequentemente, redução do preço a pagar pela GESBA aos produtores, baixando a classificação da banana de qualidade 'extra' para 'primeira', o que se traduz em “perda elevada de rendimento”.

É reprovável e lamentável este comportamento de uma empresa pública. A GESBA não só não avançou com nenhuma solução para o problema como a sua inacção tem sido responsável pelo acentuar da revolta e agravamento dos prejuízos aos produtores. Onde anda a secretária da Agricultura, Pescas e Ambiente que não se digna aparecer perante as dificuldades, mas tem sempre muita disponibilidade para fotografias simpáticas. Rafael Nunes

Segundo o JPP, os agricultores indicam que a solução passa por abrir o armazém que se encontra encerrado na Madalena do Mar e as suas duas linhas de processamento. Rafael Nunes atira que para isso é necessário “contratar trabalhadores, pessoas para trabalhar, e não administradores".

Estas longas horas de espera em fila, implicam que a banana por espencar, além do calor que sofre, fique exposta ao sol e tenha perda de qualidade. A empresa faz o corte e transporte da banana para os seus centros de processamento, em tempo útil, ou seja, de modo a que a banana esteja no ponto de maturação ideal, para que a mesma chegue ao consumidor nas melhores condições de consumo. Esta é uma das questões da previsibilidade esperada da empresa pública GESBA pelo bananicultor que não está a acontecer. Rafael Nunes

O parlamentar defende que "está na hora da incompetência ser penalizada, está na hora do sector primário ser respeitado, está na hora de acabar com toda esta trapalhada que durante anos tem vindo a tirar dinheiro do bolso dos bananicultores”. Rafael Nunes fala em "enorme falta de respeito da empresa pública para com os agricultores e alguém terá de os compensar das elevadas perdas que estão a ter".