Utilizadores de Internet no telemóvel aumentam 6% no 2.º trimestre
Os utilizadores de serviço móvel de acesso à Internet aumentaram 6,2% no segundo trimestre, em termos homólogos, para 10,8 milhões, de acordo com dados hoje divulgados pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
"O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 10,8 milhões, mais 6,2% que em igual período do ano anterior", lê-se na nota divulgada no 'site' do regulador.
Este valor "corresponde a uma taxa de penetração de cerca de 101,6 por 100 habitantes (+4,8 pontos percentuais do que no segundo trimestre de 2023)".
O aumento do número de utilizadores decorre dos crescimentos "quer do número de utilizadores de Internet no telemóvel (+6,6%), quer dos utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (+1,9%)".
Os acessos móveis à Internet de utilizadores particulares "representavam 76,3% do total, enquanto a percentagem de utilizadores empresariais se situava nos 23,7%", adianta o regulador.
"O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 30% face ao segundo trimestre de 2023", sendo o crescimento verificado "explicado pelo aumento do número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço", lê-se na nota.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 21,5% face ao período homólogo e "cada utilizador de BLM consumiu, em média, 11,6 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 30,4 GB (+5%)".
No segundo trimestre, "a penetração do serviço móvel ascendeu a 175,9 por 100 habitantes", e quando considerados os acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos (em pacotes convergentes), a taxa de penetração foi de 58,4 por 100 habitantes.
"O número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis totalizou 18,7 milhões", sendo que "destes, 13,7 milhões (73% do total) foram efetivamente utilizados".
Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,8 milhões.
O número de assinantes que efetivamente utilizou o serviço aumentou 37 mil ( ou mais 0,3%), em termos homólogos. Esta "evolução verificada é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos (+6,5% nos últimos 12 meses), que representam 70,9% do total de acessos efetivamente utilizados. O número de planos pré-pagos diminuiu 12,2% face ao período homólogo".
No final do segundo trimestre de 2024, 57,1% dos acessos móveis utilizavam a tecnologia 4G, enquanto 21,5% utilizavam a rede 2G+3G e 21,4% utilizavam a rede 5G (+11,5 pontos percentuais em termos homólogos).
"Por tipo de utilização, os acessos 2G+3G eram utilizados sobretudo para os serviços de voz (77,9%), enquanto os acessos 4G e 5G eram utilizados sobretudo para voz e acesso à Internet (83% e 98,9%, respetivamente)", adianta a Anacom.
Os acessos móveis de utilizadores particulares representavam 80,2% do total de acessos ativos, enquanto os acessos de utilizadores empresariais representavam 19,8%.
No final de junho existiam cerca de 3,5 milhões de números móveis portados.
O tráfego de voz móvel, em minutos, diminuiu 1,2%.
"O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 10,8 milhões, mais 6,2% que em igual período do ano anterior", indica a Anacom.
"O tráfego de voz em 'roaming in' e 'roaming out' diminuíram face ao ano anterior (-5,7% e -5,6%, respetivamente).
De acordo com o regulador, a Meo (Altice Portugal) "continua a ser o principal prestador com 37,6% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M), seguida da NOS (30,1%) e a Vodafone (28,2%).
Seguem-se a Lycamobile e a Nowo, com quotas de 2,1% e 1,9%, respetivamente.
Comparativamente a igual período de 2023, "as quotas de acessos móveis da NOS e Lycamobile aumentaram em 1,0 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente, tendo as quotas da Meo, da Vodafone e da Nowo diminuído 1,3 p.p., 0,2 p.p. e 0,03 p.p., respetivamente", refere o regulador.
Em termos de subscrição de acesso à Internet em banda móvel, a quota da Meo foi de 35,6%, seguindo-se a NOS (32,3%), a Vodafone (27,7%), a Lycamobile (2,3%) e a Nowo (2,1%).
A NOS deteve "a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (36,6%), seguindo-se a Vodafone (34,2%) a Meo, a NOWO e a Lycamobile e (28,2%, 0,6% e 0,4%, respetivamente)".
Na sequência do Leilão 5G, a Anacom emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores: Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), Meo, NOS, Nowo e Vodafone.
No final de junho, 21,4% dos utilizadores de serviços móveis e 27,1% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G.
"O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 2,9 milhões, dos quais, 99% com acesso através do telemóvel", estimando-se que no trimestre em análise o tráfego cursado em redes 5G represente cerca de 17% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 7,8 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.