Israel reivindica morte de responsável do Hamas na Cisjordânia
O exército israelita reivindicou hoje ter matado um alto responsável do braço armado dos islamitas palestinianos do Hamas em Jenin, na Cisjordânia, no âmbito da grande operação lançada na quarta-feira e que matou até agora pelo menos de 15 palestinianos.
Em comunicado publicado no seu 'site', o exército informou que entre os mortos está Uasam Hazem, identificado como "chefe da organização terrorista Hamas em Jenin" e relacionado com vários ataques armados e explosivos contra as forças de segurança de Telavive.
O exército acrescentou ter lançado a ação depois de identificado "um esquadrão terrorista do Hamas" num veículo em Jenin, precisando que Hazem foi morto e abatido pelos militares, enquanto os outros dois membros do Hamas, também mortos, Misra Mesharka e Arafat Amer, tentaram fugir do veículo bombardeado por um drone.
"Mesharka e Amer eram agentes terroristas do Hamas em Jenin que operavam sob o comando de Hazem e estavam envolvidos em ataques armados a colonatos israelitas", segundo o exército, referindo que "foram encontradas nos seus corpos espingardas de assalto, pistolas, carregadores, granadas de gás e milhares de shekels em fundos para terroristas".
De acordo com a agência noticiosa palestiniana WAFA, o ataque do drone visou um veículo na cidade de Zababdeh, a sul de Jenin. O Crescente Vermelho Palestiniano indicou que as forças israelitas estavam a impedir que as suas ambulâncias chegassem ao local para tratar as vítimas.
As operações do exército israelita e os ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental causaram a morte de mais de 660 palestinianos desde o aumento destas ações em outubro do ano passado, quando o Hamas lançou um ataque ao território israelita que causou cerca de 1.200 mortos e quase reféns.
Israel lançou também uma ofensiva militar em grande escala contra a Faixa de Gaza em resposta a estes ataques que, até agora, causou mais de 40.600 mortos e quase 94.000 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades locais do enclave controlado pelo Hamas.
Os ataques aéreos, embora comuns na Faixa de Gaza, têm sido raros na Cisjordânia.
Israel afirmou que as operações no norte da Cisjordânia - que mataram pelo menos 19 pessoas, quase todas militantes, desde o final de terça-feira - têm como objetivo evitar ataques.
Os palestinianos têm, por seu lado, caracterizado os ataques como um alargamento da guerra em Gaza e um esforço para perpetuar o domínio militar de décadas de Israel sobre o território.