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O que se segue

A RAM está novamente nos eixos e alinhada com o Universo. Tem governo e orçamento aprovados, com o beneplácito de muito “cão que ladra, não morde”. À conta disso, os óbvios saneamentos políticos concretizaram-se, mas, a bonança instalou-se após a tempestade da incerteza; da vinda do quarto cavaleiro do Apocalipse; dos falsos arrufos, e das teatralizadas guerras de alecrim e manjerona arquitetadas pelos paladinos zorros anticorrupção.

A Venezuela também está “normal” na sua anormalidade, perante a crónica hipocrisia internacional. O ditador Maduro não abandona o Palácio Miraflores em Caracas, e mantém o dócil regime, tão apreciado pelo Partido Comunista Português; pela Federação Russa; pela China; pelo Irão e outros beatos inclinados à santidade, que habitam as idílicas ramagens do Éden rodeados de passarinhos falantes.

As Olimpíadas de Paris à hora em que escrevo este texto, proporcionaram ao universo de atletas portugueses uma única medalha de bronze. Contudo, o turismo nacional e regional, está a conhecer novas cifras de ouro, constituindo praticamente 13% do PIB nacional em 2023, e os sinais presentes são de incremento da atividade. Na Madeira a atividade turística está a conhecer recordes de estadias e o lado visível disso, entra-nos pelos sentidos para todo o lado que arrisquemos ir. As autoridades regionais continuam a afirmar que não há massificação turística, mas, a realidade não se compadece de palavras, nem das estatísticas dos proveitos, depreciando globalmente a fruição de locais e visitantes, por muitos troféus que se pairam a corte de alfaiate para pendurar no quadro da fama.

A Mayra Santos que conheci pela primeira vez há mais de vinte anos, tornou-se uma improvável atleta de força e resiliência ao estabelecer mais um desafio, a somar aos demais que tem averbado, de ligar a Madeira às Desertas com retorno a nado em águas abertas, em pouco mais de 20 horas. Registo o completo silêncio do agigantado feito, nos órgãos de comunicação social nacionais, à exceção da Antena 1 e do seu radialista maior, José Candeias. Provavelmente há mais audiências em fazer diretos à frente da casa enlutada na Quinta Grande, pelo bárbaro infanticídio de um pequeno ser de origens madeirenses na Inglaterra. Talvez o odor a morte, perfuma ainda muitas das efémeras existências entre nós.

A apagada vice de Biden, Kamala Harris, será a candidata democrata, após a (óbvia) desistência do atual presidente norte-americano, para fazer frente ao republicano Trump na disputa eleitoral de novembro. A dinâmica da campanha presidencial está relançada. Isso é bom para os americanos e para o mundo. Boas férias.