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Venezuela: Chile insiste ser prematuro proclamar um vencedor eleitoral

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O chefe da diplomacia chilena, Alberto van Klaveren, defendeu hoje que qualquer proclamação de um vencedor nas eleições presidenciais na Venezuela é "prematura", no dia em que o seu embaixador em Caracas regressa após ter sido expulso.

Van Klaveren fez estas declarações ao receber em Santiago o embaixador na Venezuela, Jaime Gazmuri, expulso pelas autoridades venezuelanas em resposta à recusa do Governo chileno em reconhecer a vitória de Nicolás Maduro nos resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral.

"Reiteramos que o resultado que o Governo venezuelano entregou no processo eleitoral não é transparente, que não se baseia em informações que estejam à disposição de todos e, ao mesmo tempo, aspiramos a um processo de verificação desses resultados", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, citado pelo jornal El Mercurio.

"Acreditamos que qualquer proclamação de candidatos vencedores é prematura. Obviamente que isto se aplica ao atual presidente, Nicolás Maduro, que foi proclamado duas vezes, mas sem um processo eleitoral verificável", acrescentou o ministro.

Sobre o candidato da oposição, Edmundo González, Van Klaveren admitiu a probabilidade da sua vitória, embora reconheça que não se pode "afirmar isso com toda a certeza", lembrando que se trata de "um processo eleitoral que não foi verificado".

Van Klaveren criticou mais uma vez a expulsão do seu embaixador em Caracas.

"Lamentamos profundamente esta medida sem precedentes que foi adotada de forma absolutamente injustificada pelo Governo do senhor Nicolás Maduro", disse o chefe da diplomacia chilena.

Van Klaveren referiu-se ainda à convocação de novos protestos para hoje na Venezuela.

"Estamos a acompanhar de muito perto a situação na Venezuela. Estamos também extremamente preocupados e esperamos que os atos de violência não continuem a ocorrer. Sabemos que vai acontecer hoje uma manifestação e esperamos que os direitos dos venezuelanos sejam respeitados", comentou o ministro.