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União Africana e UE condenam ataque que fez 32 mortos em Mogadíscio

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Foto Shutterstock

A União Africana (UA) e a União Europeia (UE) condenaram hoje o ataque do grupo 'jihadista' Al-Shebab que fez pelo menos 32 mortos na noite de sexta-feira, na capital da Somália, Mogadíscio.

"As minhas mais profundas condolências aos entes queridos daqueles que perderam as suas vidas neste ataque cruel e a minha contínua solidariedade com o povo e o Governo federal da Somália na sua luta contra o flagelo do terrorismo", manifestou o presidente da UA, Moussa Faki Mahamat, numa publicação nas redes sociais.

Pelo menos 32 pessoas morreram, incluindo um soldado somali e civis, e 63 ficaram feridas, algumas ligeiras e outras em risco de vida, no ataque a um hotel na popular praia do Lido, reivindicado pelo grupo 'jihadista' Al-Shebab, confirmou hoje a Polícia.

Em comunicado enviado à comunicação social pelo porta-voz do Serviço Diplomático da UE também é condenado o ato terrorista, apontando que "este brutal ataque na Praia do Lido contra civis sublinha mais uma vez a barbárie do Al-Shebaab para com os seus próprios compatriotas".

"A UE manifesta a sua solidariedade para com o Governo da Somália e o povo somali e reafirma o seu compromisso de apoiar a Somália na sua luta contra o terrorismo, sob todas as suas formas", lê-se na mesma nota, onde são também apresentadas condolências às famílias da vítimas.

O ataque de sexta-feira ocorreu após alguns meses de relativa calma, em que as medidas de segurança foram reforçadas na capital somali e a cidade não sofreu os habituais ataques do grupo Al-Shebab.

A Somália intensificou as operações militares contra terroristas desde que o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou uma "guerra total" contra o grupo, em agosto de 2022.

Ligado desde 2012 à Al-Qaida, o grupo terrorista tem levado a cabo ataques frequentes em Mogadíscio e noutras partes do país, para derrubar o Governo central -- apoiado pela comunidade internacional -- e estabelecer um Estado Islâmico Wahhabita (ultraconservador).

O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.

A Somália vive em estado de conflito desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi deposto, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de milícias islâmicas e de senhores da guerra.