JPP quer que audição parlamentar a Albuquerque seja em directo
"O JPP quer que o 'Parlamento Mais Perto' [Canal da Assembleia Regional] se abra a todos os madeirenses e porto-santenses" na audição a Miguel Albuquerque e Pedro Ramos, sobre os incêndios que atingiram a ilha entre 14 e 26 de Agosto.
Em comunicado remetido às redacções, a deputada Lina Pereira revela que "ainda esta quinta-feira o JPP fará chegar ao presidente da Assembleia Legislativa da Madeira um requerimento a solicitar que a audição decorra na sala do Plenário, com possibilidade de transmissão em directo". Desejo que a dirigente considera "ir ao encontro de todos os madeirenses que querem, sem barreiras, ouvir dos governantes o que se passou, dada a relevância do tema e necessidade de esclarecer as populações".
O Juntos Pelo Povo registou a disponibilidade do secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, para ser ouvido no Parlamento sobre os incêndios, mas lembra que "a realização da audição parlamentar, com carácter de urgência, é um assunto que depende exclusivamente da rapidez com que o governante indicar ao Parlamento o dia e hora”.
Lina Pereira, que também é presidente da 5.ª Comissão Especializada de Saúde e Protecção Civil, considera “fundamental” que a audição parlamentar requerida pelo partido para ouvir Pedro Ramos e o presidente do Governo Regional, se concretize o mais depressa possível.
Os madeirenses viveram dias de grande apreensão, as populações da Ponta do Sol, Ribeira Brava, Câmara de Lobos estiveram vários dias sem dormir, sem sossego, viram as suas vidas ameaçadas, perderam parte da sua agricultura e animais, arderam mais de cinco mil hectares de manto florestal, com impacto significativo em Santana, no maciço montanhoso central, e, portanto, por respeito às vítimas e a todos os madeirenses, tudo deve ser esclarecido muito rapidamente
“Lamentamos, pelo que já foi público, que o presidente do Governo não tenha a dignidade de se deslocar ao Parlamento para responder diretamente aos deputados, esperamos que até lá mude de opinião, e não responda por escrito”, atira ainda a parlamentar e presidente do JPP.
Por outro lado, nota que, “no entender do JPP, aquilo a que todos assistimos, em directo em todos os órgãos de comunicação social regionais e nacionais, contrariamente à narrativa oficial que foi posta a circular, não prova, de modo algum, ‘a estratégia de sucesso’ e o ‘planeamento correto".
O que se passou entre os dias 14 e 26 de Agosto, “mostra, acima de tudo, a necessidade acrescida de estudar e avaliar a situação dos incêndios na Região, a prevenção, o planeamento, os meios humanos e técnicos, a formação e aquisição de novos conhecimentos por parte dos operacionais”, conclui.