Israel mata dirigente da Jihad Islâmica na Cisjordânia ocupada
O exército de Israel anunciou hoje a morte, na Cisjordânia ocupada, de um dirigente da Jihad Islâmica palestiniana, Mohammed Jaber, conhecido como 'Abu Shujaa', e de outros quatro militantes, numa troca de tiros.
Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os cinco palestinianos foram mortos depois de procurarem refúgio numa mesquita em Tulkarem, um dos bastiões das milícias palestinianas no norte da Cisjordânia.
As IDF identificaram Jaber como o comandante da brigada da Jihad Islâmica em Tulkarem e alegaram que "esteve envolvido em numerosos ataques terroristas, incluindo o tiroteio em que o cidadão israelita Amnom Muchtar foi assassinado".
Em junho, Muchtar, de 67 anos, morreu após ter sido baleado no automóvel que dirigia na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia.
No final de Junho, as IDF tinham lançado três mísseis contra a casa de Jaber em Nur Shams, também na zona de Tulkarem, matando um familiar do dirigente da Jihad Islâmica.
A agência de notícias palestiniana Wafa avançou que, durante a operação israelita, morreu Majed Majed Daoud, embora não tenha referido se o jovem de 21 anos era ou não um dos milicianos que estavam na mesquita com Jaber.
"Uma força especial israelita que se infiltrou no campo [de refugiados de Tulkarem] raptou o jovem Mohammed Qassas, depois de o ter ferido, alegando que era procurado", acrescentou a Wafa.
As rádios palestinianas referiram que a detenção de Qassas foi levada a cabo por soldados que se infiltraram na cidade vestidos de civis.
A operação realizada esta manhã pelas IDF contou com o apoio da Polícia de Fronteiras de Israel e do serviço de informações interno, o Shin Bet.
"Durante a operação antiterrorista, um polícia fronteiriço ficou ligeiramente ferido" e foi levado para um hospital, referiram as IDF.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana disse que um outro homem, Firas Bassam Alqama, de 35 anos, morreu hoje em Jenin, também no norte da Cisjordânia, às mãos dos soldados israelitas.
De acordo com fontes palestinianas, o exército de Israel matou na quarta-feira pelo menos 11 palestinianos e feriu mais de 20 em ataques militares terrestres e aéreos em três pontos do norte da Cisjordânia.
As operações do exército israelita e os ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental já provocaram a morte de cerca de 660 palestinianos, incluindo pelo menos 147 menores, de acordo com fontes palestinianas.
Do lado israelita, 22 pessoas morreram até agora este ano (11 militares fardados e 11 civis, pelo menos seis deles colonos), a maioria em ataques perpetrados por palestinianos, como tiroteios ou esfaqueamentos.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, propôs a retirada temporária de população da Cisjordânia para "destruir infraestruturas terroristas".