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China e EUA planeiam telefonema entre presidentes dos dois países

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Foto EPA

O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, deverão conversar telefonicamente nas próximas semanas, depois de trabalhos de preparação diplomáticos, anunciou hoje a Casa Branca.

O conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, reuniu hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, em Pequim, tendo como missão manter abertas as comunicações ao mais alto nível entre os dois países.

O comunicado da Casa Branca refere que no final do encontro ficou definida a realização de um "telefonema ao nível de líderes" nas próximas semanas.

A Casa Branca disse ainda que os dois lados também planeiam realizar uma chamada telefónica com líderes militares dos dois países, num futuro próximo.

A China expandiu rapidamente as suas Forças Armadas e há preocupações de que Taiwan e o Mar do Sul da China estejam a tornar-se focos de conflito.

Wang disse a Sullivan que a independência de Taiwan representa a maior ameaça à estabilidade na região e exigiu que os EUA "deixassem de armar a ilha, mas apoiassem a unificação pacífica da China", de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Taiwan - uma democracia insular autónoma que se separou da China comunista autoritária em 1949 - rejeita as exigências de Pequim para aceitar a unificação com o continente pela paz ou pela força.

O comunicado da Casa Branca refere que Sullivan "realçou a importância de manter a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan" e mostrou-se preocupado com as pressões chinesas sobre as Filipinas.

Os militares norte-americanos reagiram contra a reivindicação da China sobre a quase totalidade do Mar do Sul da China, afirmando esta semana que estariam abertos a consultas sobre a escolta de navios filipinos neste mar disputado, no meio de um aumento das hostilidades entre Pequim e Manila sobre o assunto.

A Casa Branca disse que Sullivan reafirmou o compromisso dos EUA em defender os seus aliados do Indo-Pacífico e manifestou preocupação com as ações desestabilizadoras de Pequim contra as "operações marítimas legais das Filipinas" no Mar do Sul da China.

O Governo do Presidente Joe Biden tornou prioritária a prevenção de uma espiral de tensão com Pequim, ao mesmo tempo que definiu um plano de colaboração com a China em áreas como as alterações climáticas, a Inteligência Artificial e a repressão das drogas ilícitas.

John Podesta - conselheiro sénior da Casa Branca para a política climática internacional - viajará para a China, e, no seu encontro, Sullivan e Wang discutiram "os próximos passos para reduzir o fluxo de drogas sintéticas ilícitas" e "continuar o repatriamento de migrantes indocumentados", de acordo com a presidência norte-americana.

A Patrulha de Fronteiras dos EUA fez em julho 1.851 detenções de imigrantes chineses na fronteira com o México, abaixo do recorde de dezembro, de 5.951.

Os dois lados concordaram também em realizar uma segunda ronda de diálogo sobre Inteligência Artificial, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, com os EUA a levantarem preocupações sobre as políticas comerciais e mercantis promovidas por Pequim.

Em resposta, Wang exigiu que os EUA "parem de suprimir a China nas áreas do comércio, economia e tecnologia", de acordo com diplomacia chinesa.