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Atirador que tentou matar Trump pesquisou eventos do candidato e de Biden

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Foto EPA

O atirador que tentou assassinar o ex-presidente norte-americano Donald Trump pesquisou 'online' eventos do republicano e do atual chefe de Estado, o democrata Joe Biden, e viu o comício na Pensilvânia como "uma oportunidade", adiantou hoje fonte do FBI.

Thomas Matthew Crooks, que atingiu Trump a partir de um telhado antes de ser morto por um 'sniper' do Serviço Secreto, fez uma extensa pesquisa na Internet para um ataque e analisou uma série de eventos, incluindo de Joe Biden, revelou à agência Associated Press (AP) Kevin Rojek, agente especial responsável pelo gabinete de campo do FBI (polícia federal) em Pittsburgh.

Os novos detalhes foram divulgados no dia em que o FBI revelou, na mais recente conferência sobre a investigação, que ainda não foi descoberto o motivo do ataque de 13 de julho em Butler, Pensilvânia, apesar de ter realizado quase 1.000 entrevistas.

O vice-diretor executivo de segurança nacional do FBI, Robert Wells, garantiu na conferência que não há indícios de que um país estrangeiro esteja envolvido na tentativa de homicídio a Trump.

"Quero ser claro: não vimos qualquer indicação que sugira que uma entidade estrangeira tenha ordenado a Crooks que realizasse o ataque", frisou.

Em 17 de julho tinha sido divulgado que os serviços de informação norte-americanos tinham recebido uma denúncia sobre uma alegada conspiração organizada pelo Irão para matar o ex-presidente.

O FBI divulgou também hoje a foto da espingarda A-15 com que Crooks atacou a partir do telhado de um local que ficava fora da área do comício e mostrou a mochila recuperada no chão.

E publicou ainda a fotografia de dois engenhos explosivos artesanais encontrados na bagageira da sua viatura, detalhando que apresentavam problemas de fabrico.

Trump ficou ferido na orelha, mas uma pessoa na plateia morreu e outras duas ficaram feridas.

O FBI salientou que continua a trabalhar para determinar as razões pelas quais Thomas Mattew Crooks, de 20 anos, tentou matar o ex-presidente, e também para perceber se agiu sozinho ou com cúmplices.

Até agora, de acordo com o FBI, não há provas de que o jovem tenha conspirado com outras pessoas nem uma conclusão definitiva sobre os seus motivos.

As pesquisas sobre Trump e Biden datam do final de setembro de 2023. Nesse mês, pesquisou onde decorreriam eventos de Trump na Pensilvânia, enquanto de abril até 12 de julho continuou a recolher informações sobre eventos de campanha, dos dois candidatos.

Biden abandonou entretanto a corrida à Casa Branca, ocupando agora o seu lugar a atual vice-presidente Kamala Harris.

O atacante realizou buscas na Internet por dispositivos explosivos desde setembro de 2019 e continuou a recolher informações sobre os mesmos durante todo o verão. Numa das pesquisas procurou formas de detonação remota.

O FBI detalhou que o jovem utilizava contas de e-mail encriptadas, mas que este nível de proteção não era mais sofisticado do que qualquer serviço padrão de mensagens eletrónicas.