Ponta do Sol regista e alerta para consumos de água muito acima da média
Autarquia afirma que caudais existem devido a consumos reais e, por isso não exclui "a hipótese de serem ilícitos/roubos"
Dada a "gravidade e persistência" da situação, a equipa conjunta dos técnicos do município com os da ARM irá ainda hoje reunir para equacionar medidas
A Câmara Municipal da Ponta do Sol fez, há instantes, um ponto de situação da água potável no concelho, que tem registado nas últimas horas "consumos de água muito acima da média".
A zona de abastecimento que vai desde o Carvalhal até à Madalena do Mar tem registado durante algumas horas do dia consumos de água muito acima da média. Ainda hoje foi necessário injetar durante algumas horas 115m3/h de água potável na rede, quando a média em períodos normais é de 85m3/h. Câmara Municipal da Ponta do Sol
Com estes níveis de consumo, a Câmara explica que tentou detectar eventuais derrames/fugas na rede. No entanto, "não foi encontrado nenhum" e, segundo explica, "sem qualquer intervenção do Município ou da ARM, a média de consumo desceu para em 96m3/h", o que demonstra "que estes caudais existem devido a consumos reais". Dessa forma, a autarquia não exclui a hipótese de "serem ilícitos/roubos".
A situação verificada na zona de abastecimento do Carvalhal compromete o abastecimento das zonas centro do Concelho, reservatórios do Lombo do Meio e das Adegas, uma vez que os reservatórios da ARM que distribuem água em alta à Ponta do Sol estão interligados entre si. A Câmara mantém contactos diários com a ARM, mas dada a gravidade e persistência da situação, a equipa conjunta dos técnicos do município com os da ARM irá ainda hoje reunir para equacionar outras medidas no terreno. Câmara Municipal da Ponta do Sol
A terminar, o município, que na última semana foi fustigado pelo grande incêndio que assolou a Região, lembra que o caudal disponibilizado à Ponta do Sol é também partilhado com a Ribeira Brava.
"Os consumos das últimas semanas esvaziaram os reservatórios da ARM, pelo que se prevê que a situação poderá levar algum tempo a normalizar", sublinha, deixando novamente um apelo à contenção dos consumos, "devendo estes ser reduzidos ao indispensável".