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Madeira

Marco Gonçalves deixa todos os cargos que ocupava no PAN

Marco Gonçalves, à esquerda na foto, tem estado ao lado de Mónica Freitas desde a primeira hora em que esta foi indicada para coordenadora da estrutura regional do PAN. Agora, "divergências de opinião" terão levado o dirigente a deixar a Comissão Política Nacional, mas também a Regional. 
Marco Gonçalves, à esquerda na foto, tem estado ao lado de Mónica Freitas desde a primeira hora em que esta foi indicada para coordenadora da estrutura regional do PAN. Agora, "divergências de opinião" terão levado o dirigente a deixar a Comissão Política Nacional, mas também a Regional. , Foto ASPRESS

Não há volta a dar e a confirmação foi veiculada ao DIÁRIO pelo próprio, no final da manhã desta quarta-feira, sendo este um assunto abordado, em primeira mão, por este matutino na sua edição impressa de hoje.

Marco Gonçalves, que, desde a primeira hora foi um dos apoiantes de Mónica Freitas, actual coordenadora regional do partido Pessoas – Animais – Natureza (PAN), apresentou a sua demissão dos cargos que ocupava, tanto na estrutura nacional, como na regional do PAN. 

Significa isto que, de acordo com os estatutos, aquele que foi o cabeça-de-lista do PAN pela Madeira nas últimas Legislativas Nacionais e que chegou a integrar a lista do partido para o parlamento regional já não faz parte, desde ontem, da Comissão Política Nacional (CPN), mas também da Comissão Política Regional (CPR). Assume, agora, o papel do que diz ser "filiado de base".

Confirma-se assim que, ao contrário do que ontem foi assegurado ao DIÁRIO por Valter Ramos, na qualidade de dirigente da estrutura regional do PAN e falando em nome do partido, de que o demissionário apenas abandonava o órgão nacional, mantendo a sua ligação e cargos no PAN/Madeira, Marco Gonçalves bateu com a porta a todos os níveis, "deixando de ter qualquer responsabilidade política, executiva e activa", nas palavras do próprio. 

Na origem desta decisão, que diz ser "do foro interno do partido" e que não foi comunicada previamente a nenhum dos elementos dos dois referidos órgãos, está uma "divergência de opinião" com o partido, sem especificar nomes.

Marco Gonçalves diz ter demonstrado disponibilidade para explicar, o que motivou esta decisão de ruptura, nomeadamente na reunião da CPR agendada para o próximo dia 9 de Setembro, dois dias depois da CPN, que acontece a 7 de Setembro. A par disso, olhando o futuro e na qualidade de "filiado de base", garante que, "nos sítios próprios", irá expressar a sua opinião sobre as matérias que entender pertinentes e sempre que encontrar razão para tal. 

"Isto faz parte de uma dinâmica de partido, de organização interna de uma equipa", levando a uma "decisão pessoal de retirar dos ombros a responsabilidade", que lhe "retirava alguma liberdade de acção". 

O demissionário salienta que "não é uma questão de ruptura" com a política seguida por Mónica Freitas, prefere antes notar que se tratam de "divergências de opinião", embora se reveja "na grande maioria de actuação da Mónica", com que "responsabilidade e frieza" tem gerido as diferentes situações em que o PAN/Madeira tem estado envolvido. 

O DIÁRIO procurou ouvir a posição dos responsáveis pela estrutura regional do partido, tendo em conta a divergência quanto à posição veiculada ontem ao final do dia, mas até ao momento, tanto Valter Ramos, como Mónica Freitas não responderam às tentativas de contacto feitas.