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Madeira

Serviço de hospitalização domiciliária vai abranger toda a Madeira até final do ano

Momento em que as duas carrinhas eram benzidas.
Momento em que as duas carrinhas eram benzidas.

No seu primeiro ano de actividade, os serviços da Unidade de Hospitalização Domiciliária permitiram tratar em casa cerca de 300 doentes madeirenses que careciam de atendimento hospitalar. Actualmente são abrangidos Funchal e Câmara de Lobos, mas até ao final de 2024 haverá meios para chegar a todos os concelhos da Madeira. Estas informações foram avançadas, esta manhã, pelo secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, após a entrega de duas novas carrinhas para esta unidade, num investimento de 150 mil euros.

Até final do corrente ano, a mencionada Unidade vai receber mais quatro carrinhas. “São 6 viaturas no total, o que vai permitir uma resposta global desta hospitalização domiciliária a todos os concelhos. Com mais veículos e mais profissionais, vamos poder acompanhar mais doentes e retirar mais doentes do ambiente hospitalar para ficarem em casa, porque é onde os doentes querem estar”, disse o referido membro do Governo Regional, que reconheceu que este projecto já estava planeado há mais anos, sendo que “os constrangimentos que a pandemia trouxe atrasaram a sua implementação”.

“Num ano de actividade, nós já retirámos dos hospitais mais de três centenas de doentes. Ora são 300 doentes que não ocuparam cama do hospital durante muitos dias. A média de internamento no domicílio são cerca de 5 a 7 dias. Isto é extremamente importante, até porque a taxa de reinternamentos é diminuta e a própria mortalidade é de cerca de um por cento das situações”, adiantou o mesmo responsável.

A médica que coordena Unidade de Hospitalização Domiciliária, Luz Brazão, explicou algumas das vantagens da hospitalização domiciliária: "Um doente que entra nesta unidade vai para a sua casa, desde que esta tenha condições. Está no conforto do seu lar, tem a sua família, tem o seu cuidador que tem um contacto connosco e tem diariamente a visita de um médico e de um enfermeiro. Para explicar de uma forma simples, é tudo igual ao hospital, a diferença é que a cama está em casa. Nós vamos a casa ver o doente, medicamos, vemos as alterações e o ambiente em que está. Às vezes isto é muito importante na parte da reconciliação terapêutica. Porque vemos onde guardam os medicamentos e temos encontrado muitas surpresas. Por exemplo, há doentes que têm três vezes o mesmo medicamento, mas com nomes diferentes".