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Madeira

CHEGA acredita que não é possível projectar futuro da Madeira sem herança cultural

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Francisco Gomes, deputado madeirense do CHEGA na Assembleia da República, acredita que não é possível projectar o futuro da Madeira sem salvaguardar a herança cultural e as referências identitárias que têm marcado o percurso coletivo das populações da Madeira e do Porto Santo.

Para tal, o deputado defende que é necessário estabelecer estratégias e linhas de força que viabilizem as potencialidades da Cultura, para que a mesma se constitua como um eixo importante de desenvolvimento regional, bem como um fator determinante de coesão social e de incentivo ao exercício de uma cidadania responsável e solidária.

As observações foram feitas após uma visita ao Arquivo e Biblioteca Regional da Madeira, uma direcção regional que está integrada na Secretaria Regional do Turismo e que tem por missão a salvaguarda e a divulgação do património documental e bibliográfico da Região Autónoma da Madeira, bem como a difusão do livro e da leitura e a promoção do conhecimento e da investigação científica da história da Região no espaço atlântico. Na visita, também esteve presente Celestino Sebastião, deputado do CHEGA na Assembleia Legislativa da Madeira.

A identidade regional depende da preservação do nosso património cultural singular. Essa missão tem reforçada importância no momento presente dada a agressividade de certas instituições e movimentos que querem reescrever a História e colocar em causa os valores, princípios e conhecimentos que nos definem como povo e como civilização".  Francisco Gomes

Segundo o parlamentar madeirense, uma sociedade com sentido de responsabilidade perante a História e perante as gerações futuras não pode permitir que, sob uma capa de liberdade de expressão que vê como ‘falsa’, determinados partidos e movimentos sociais estejam a colocar em causa o papel da família, a negar os valores que definem a sociedade madeirense e a querer impor hábitos e visões do mundo que, na sua ótica, não têm nada a ver com o ser e o sentir da população madeirense.

É uma leviandade e uma irresponsabilidade afirmar que estamos a evoluir como povo quando se quer forçar à sociedade visões disfóricas da vida humana e noções aberrantes do que é bom, aceitável e belo. Uma das nossas maiores lutas é contra essas tendências e pela salvaguarda do nosso património cultural e identitário".  Francisco Gomes

Para o futuro, Francisco Gomes defende o reforço das políticas públicas que tenham como prioridade aflorar sinergias entre o Turismo e o património cultural, por forma a que ambos se promovam um ao outro, bem como promover a sustentabilidade do setor cultural, reforçar o financiamento e os meios disponíveis para a preservação do património e reconhecer a importância da tradição e da identidade histórica madeirense como fator de coesão e preservação da sociedade e da memória coletiva.

“Rever a Lei do Mecenato, promover a dignificação dos profissionais do setor, apoiar artistas em início de carreira, reabilitar o nosso património histórico, defender as nossas tradições, reforçar o financiamento da Cultura e refutar interpretações enviesadas e ofensivas da nossa identidade e dos nossos valores são áreas que têm de ser vistas como prioritárias na batalha que temos de ganhar contra o marxismo cultural que se quer instalar à força", concluiu.