Pedro Ramos aguarda chamada do parlamento para mostrar “estratégia bem planeada” nos incêndios
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, afirmou, esta manhã, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, que ainda não recebeu o requerimento para ser ouvido com urgência na Assembleia Legislativa da Madeira sobre a gestão do incêndio florestal mas sublinhou que está “disponível” para responder às questões dos deputados, até porque está convicto que foi seguida uma “estratégia bem planeada”, até porque esta situação de excepção teve “repercussões menores” do que outras ocorridas no passado.
“Estou à espera, porque quero resolver este assunto, para esclarecermos de imediato todas estas questões que foram levantadas. Vou à Assembleia esclarecer definitivamente aquilo que foi o correcto, aquilo que foi a estratégia bem planeada, até porque os resultados são muito melhores do que noutras situações de excepção que desde 2010 infelizmente têm assolado a Madeira. Se pensarem no que aconteceu nas aluviões, nos incêndios de 2012, nos incêndios do Funchal em 2016, na queda do autocarro [com turistas alemães no Caniço], na própria evolução da pandemia, nos incêndios no ano passado na Calheta, estes [incêndios] tiveram repercussões menores. Não tiveram desalojados, não tiveram vítimas, não tiveram património ambiental atingido”, declarou o governante, à margem da entrega de duas carrinhas para o serviço de hospitalização domiciliária.
Confrontado com a opinião do antigo director regional de Florestas Rocha da Silva, que disse que era possível atacar o fogo logo no início, pois a zona da Serra de Água onde surgiram as primeiras chamas estava ao alcance dos bombeiros, Pedro Ramos declarou que “os meios e recursos foram sempre utilizados de acordo com a informação que chegava ao centro de coordenação e de comando”, pois “é assim que a gestão de situações de excepção deve ser feita”. O secretário acrescentou ainda que toda a estrutura de protecção civil da Madeira tem “cada vez temos mais experiência na gestão de situações de excepção” e a prova disso é que as forças do continente e dos Açores que foram mobilizadas para reforçar o combate ao recente incêndio “fizeram formação connosco” no passado.
Quanto aos apoios financeiros que Timor-Leste aprovou para a Madeira, Pedro Ramos assumiu que toda a ajuda “é sempre bem-vinda”.