PAN manifesta "profunda tristeza pela vasta área de floresta ardida"
No seu entender, "é essencial que se apurem responsabilidades e que se tomem medidas concretas para evitar que tais tragédias se repitam no futuro"
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Madeira manifesta "a sua profunda tristeza pela vasta área de floresta ardida e pelo valioso património natural perdido nos incêndios" que assolaram a ilha nos últimos dias.
No terreno, "empenhados em apoiar os esforços de rescaldo e em avaliar o impacto desta tragédia ambiental", o partido está a ouvir técnicos da protecção civil. E considera que teria sido crucial reforçar a atenção no ataque inicial ao incêndio, com especial foco na identificação das zonas de maior risco em áreas rurais e florestais. O PAN acredita que um ataque inicial mais robusto teria sido fundamental para evitar a propagação dos incêndios.
Nesse sentido, refere que as equipas do POCIR desempenham um papel essencial na deteção precoce de novos focos de incêndio, evitando danos ainda mais gravosos. Para que isso seja possível, acredita ser imperativo que se organize adequadamente os quartéis das associações de bombeiros e que se tenha uma clara compreensão de quem está disponível para actuar imediatamente.
A nível político, diz acompanhar favoravelmente a audição parlamentar sobre a responsabilização dos incêndios, pois considera que "ocorreram falhas gravíssimas que contribuíram para que os incêndios atingissem proporções devastadoras".
No seu entender, "é essencial que se apurem responsabilidades e que se tomem medidas concretas para evitar que tais tragédias se repitam no futuro". Lamenta, contudo, "o aproveitamento político que se verificou durante estes incêndios". Nesse sentido, diz que "em alguns momentos, pareceu que certos políticos estavam mais focados em tirar proveito eleitoral do que em contribuir para a resolução da crise". A seu ver, "a presença em locais de incêndio apenas para tirar fotos não só não ajuda no combate como também passa uma mensagem errada às populações, desviando o foco do que realmente importa".
O partido adianta que "durante estas quase duas semanas de combate aos incêndios, esteve sempre ao lado das populações, acompanhando o trabalho incansável dos voluntários e bombeiros, promovendo a recolha de bens essenciais e, acima de tudo, respeitando o esforço de todos aqueles que estiveram no terreno".
"Perdemos uma parte significativa do nosso património natural, e isso é algo que nos aflige profundamente. No entanto, mais do que lamentar, temos que agir. O que vimos durante estes incêndios revela falhas que não podemos ignorar. É imperativo que se melhore a resposta inicial aos focos de incêndio e que se evitem ações que em nada contribuem para o combate, como o oportunismo político que assistimos. O PAN Madeira continuará a lutar para que a nossa ilha seja tratada com o respeito e a seriedade que merece, tanto na prevenção como na gestão das crises ambientais", refere Válter Ramos do PAN Madeira através de uma nota de imprensa.
Diz que agora é o momento de avaliar e tirar conclusões. E acrescenta que "a audição parlamentar é apenas uma primeira fase, sendo fundamental a abertura de uma comissão de inquérito, reunindo contributos de entidades independentes na avaliação e análise de todos os procedimentos".
O PAN considera fundamental pensar já no Plano de Recuperação de Áreas Ardidas e no avanço do Plano Regional de Ordenamento da Floresta com grande investimento na área da recuperação e prevenção, estando a trabalhar no sentido de reunir um conjunto de propostas para o próximo orçamento.
Afirma ainda ser necessário "auscultar especialistas independentes para encontrar as melhores soluções de recuperação das áreas ardidas, como também para criar medidas preventivas". Para o PAN, "o foco deverá ser sempre a prevenção e não correr atrás do prejuízo". Somente assim, no seu entender, é possível "assegurar que, no futuro, estaremos melhor preparados para proteger a nossa ilha e o seu património natural".