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Madeira

Chega suspeita que Bairro da Argentina seja visto como "empecilho" a "jogadas hoteleiras"

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O deputado madeirense Francisco Gomes eleito pelo Chega à Assembleia da República considera que os residentes no Bairro da Argentina têm sido alvo de tácticas com o objetivo de os "forçar a abandonar as suas casas e a libertar a área que as mesmas ocupam para outros fins". 

Em nota emitida, o parlamentar aponta "não seria surpresa" a prática de "jogadas hoteleiras e compadrios imobiliários, que olham para os residentes como um empecilho", acusando a autarquia e o governo de optar "pelo silêncio".

"Porquê? Estas pessoas não são dignas? Não são válidas? Não merecem ser apoiadas?", indaga Francisco Gomes. 

O representante do Chega Madeira na República denuncia que “o Bairro da Argentina e as pessoas que lá vivem estão, há nos, deixados ao abandono", apontando para o "o encerramento compulsivo do Espaço Sociocultural do Bairro da Argentina", assim como para a limitação dos os transportes públicos.

"São os residentes que suportam a gestão dos espaços verdes, não há manutenção das casas e quem de direito nem lava os contentores do lixo. Agora, fecharam o espaço sociocultural, que era o ponto de encontro e a âncora da comunidade", expõe o deputado. 

Os habitantes do Bairro da Argentina são boas pessoas. Mesmo depois de tudo o que lhes têm feito, incluindo fechar a Escola do Pião, que os obriga a levar as crianças para as Malvinas, estão cá a lutar pelas suas casas e não se vergam aos interesses instalados. Esta gente é boa gente! Francisco Gomes

Para Francisco Gomes, "a pressão que tem vindo a ser colocada sobre os habitantes" poderá estar a ser motivada "por interesses imobiliários, que querem beneficiar da localização e da vista sobre o mar que têm muitas das casas que formam o Bairro da Argentina".