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Brasil investiga possível caso de mpox em viajante chegado a São Paulo

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O Governo brasileiro informou hoje que está a investigar um possível caso de mpox após identificar, no domingo, sintomas da doença num estrangeiro que desembarcou no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Em comunicado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que faz a vigilância sanitária do país sul-americano, informou ter sido acionada pelo serviço de saúde após a identificação de um passageiro com sinais e sintomas compatíveis com Mpox.

A agência destacou que, em conformidade com o plano de contingência estabelecido, as autoridades foram imediatamente notificadas e o caso foi encaminhado para isolamento e realização de exames no serviço de saúde do município de Guarulhos.

Posteriormente, o paciente foi transferido para o Instituto de Infetologia Emílio Ribas, em São Paulo.

"O passageiro havia chegado ao aeroporto no dia 14 de agosto e estava em uma área restrita para pessoas que esperam para pedir refúgio. A Anvisa entrevistou os outros viajantes no local, aplicou 397 questionários, mediu a temperatura e verificou sinais da doença na pele. Nenhuma outra pessoa apresentou sintoma suspeito", acrescentou a Anvisa.

Embora a origem ou nacionalidade do passageiro não tenha sido detalhada, o Ministério da Saúde brasileiro indicou em comunicado citado pela Agência Brasil que "não há informações" sobre as viagens do paciente "por áreas afetadas pela cepa 1b", motivo do alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, até o momento não foram identificados no país casos desta nova variante.

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também pode ser transmitida entre pessoas através do contacto físico. Provoca febre, dores musculares e lesões cutâneas.

O ressurgimento da varíola em África, que está a ter um grande impacto na RDC, bem como no Burundi, no Quénia, no Ruanda e no Uganda, levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a ativar o seu nível de alerta internacional mais elevado em meados de agosto.

A OMS declarou essa epidemia uma "emergência de saúde pública de âmbito internacional", a sua categoria de alerta mais elevada.

Este ano foram notificados no Brasil 709 casos confirmados ou prováveis da doença, dos quais 85% eram homens e 42,2%, pessoas com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida).

O número de casos é muito inferior aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no país.

Desde 2022, foram registadas 16 mortes pela doença no Brasil, a mais recente em abril de 2023, segundo dados oficiais.