O Lince ... e o resto!
Visitei há cerca de 5 anos no M. C. Gulbenkian uma exposição sobre o cérebro, ...o humano e o de muitos dos animais,... exposição fantástica, com “casa” sempre lotada, demonstrando o imenso valor cultural deste tema, ainda mais pela “riqueza” e qualidade das imagens expostas. Considerei na altura, um atentado á inteligência humana, não fazer essa visita cultural, a propósito dum órgão tão valioso, complexo e quiçá, deveras desconhecido. Aí se percebia, que tantos animais têm cérebro, cada um para cada qual, de acordo com aquilo que são, aquilo que fazem e aquilo que necessitam. A águia por exemplo, pelas suas características, tem uma zona do cérebro para a função visual muito grande, comparativamente com o volume total do mesmo. Como se recordam, os animais também “falam” e muitos deles têm no seu cérebro uma área destinada a coordenar a emissão de sons, traduzindo assim as suas reações ou informações, nessa forma de linguagem. Por exemplo, um canídeo pode começar a ladrar inesperadamente, para chamar a atenção do seu dono que quer ir á “toilette” fazer có-có!
O lince é um animal selvagem semelhante a um gato, portanto é um felino, com o seu habitat próprio, mas é domesticável e é domesticado em vários países do mundo, para colaborar na prática da caça. Nestes casos particulares, necessitam dum espaço próprio, diverso do seu ambiente natural, mas adaptado á circunstância. Como é um animal protegido, estas situações, dependem das leis inerentes a cada país. Porque resolvi dizer qualquer coisa sobre este “escândalo” , também refiro que na Madeira, observei várias vezes macacos africanos, em casas particulares, amarrados, mas capazes de se deslocar, podendo morder pessoas ou outros animais e transmitir, por exemplo, o vírus da sida, ... situação que é particularmente grave e que nunca ninguém comentou, nem escreveu uma linha. Achei mesmo cómico, num país que tem tanta coisa importante para resolver, estar a gastar tempo, saliva e tinta, com um lince solitário, residente numa quinta de uma família na ilha da Madeira, com certeza tratado, com todo o cuidado e rigor.
Passando á frente, ... voltamos aos incêndios de Agosto, época privilegiada para alguns “doentes mentais” com “especialização” em piromania, ... aproveitando a noite e a madrugada para provocar destruição no meio ambiente, ... com tolerância de alguma população, ... que porventura conhece “de ginjeira” essas “peças raras”! Desta vez, foram cerca de seis mil hectares, ...mas como não morreu ninguém, e, ... como grande parte da “culpa” foi do foguete, do calor, da humidade e do vento, ... coitadinhos dos pirômanos do nosso território, alguns deles referenciados, mas ainda sem pena e sem justiça adequadas. Por exemplo, serem obrigados a plantar árvores diariamente durante dez anos! Entretanto lembrei-me que nunca vi nenhum cartaz de proibição de fumar nas serras e em particular nas levadas! Mas a avaliar a quantidade de beatas nas ruas do Funchal, com toda a certeza que também se fuma nas serras ... porque só agora é que na escola se começou a falar do tema da cidadania, ... até agora eram os pais e os avós a explicar tudo isso!
Agora, também a propósito do vento, uma vez mais o caos no nosso aeroporto! Já se percebeu que temos um aeroporto velho, hipofuncionante, mal colocado geograficamente e desenquadrado com o ADN da nossa economia. Vivemos maioritariamente dos serviços do turismo e temos aquela “amostra” de território para o desembarque das pessoas que nos visitam, ... e cada vez mais? Vivemos numa ilha oceânica! Os nossos acessos são primordiais e nada têm a ver com as cores políticas do país! Deve ser uma exigência de todos os portugueses, possuírem acessos seguros e adequados, em todo seu o território, incluindo o insular!
No ano de 2024, ainda estamos a discutir, ... quem comeu a maçã, ... se foi a Eva ou foi o Adão!!