Fogo; eu bem que Avisei!
Hoje e ao escrever este texto já se encerraram as comemorações dos 516 anos da cidade do Funchal. Diz a história que no tempo das descobertas os primeiros navegantes regressando à metrópole atearam fogo e deixaram-na a arder, (reza a história que seria durante um ano) mas segundo e afinal pois só votariam um ano depois. Será que os atuais governantes estarão à espera de voltar a descobrir algum outro princípio da origem da nossa ilha? Estou a arder de indignação. Oito dias de fogo e não há maneira de alguém encontrar a solução para esta catástrofe que nunca deveria ter-se repetido. O drama em que se transformou a situação na nossa região leva-nos a pensar, porque será que continuam a existir tantos impedimentos para que estas e outras situações sejam devidamente planeadas as soluções para problemas desta índole? Além de muitas intervenções, opiniões e sugestões, será que continuamos a ter de aceitar estas catástrofes como um dado adquirido, algo sem solução à vista, coisas às quais temos de nos resignar. Mas afinal existe vontade de parte de alguma entidade responsável em acabar, reduzir ou planear uma solução para este e outros casos como este? Fazendo uma pesquisa nas redes sociais deparei-me com uma das muitas intervenções de pessoas creditadas nestas coisas da geologia. Uma intervenção do Sr. engenheiro geólogo Professor João Batista, datada de 11 de Agosto de 2016, já lá vão oito anos. As suas declarações na RTP-3 às 21 h e 15 m estão bem patentes as apreciações sobre algo semelhante então sucedido e as possíveis soluções para evitar que iguais situações não se repetissem. E não é que volvidos apenas escassos oito anos consegue-se permitir que o erro se repita? Afinal o que andam a fazer os nossos governantes? Com uma situação que é reprovável e rapidamente se conseguiram mais de 7.800 assinaturas numa petição pública sobre o caso do Lince “Boris”, sinal de revolta das populações. Será que esta catástrofe merece alguma petição pública para que chamem à barra da justiça responsabilizando alguém por esta calamidade? Um ex-presidente dos USA John Adams em pleno século XVIII disse uma vez: (A democracia nunca dura muito tempo, ela logo enfraquece, esgota-se e mata-se a si própria. Nunca houve uma democracia que não tivesse cometido suicídio). Será que a nossa liberdade só serviu para que governantes irresponsáveis queiram prepara o suicido da nossa frágil, mas ainda jovem democracia? Não querendo acreditar que foi esta a solução encontrada para reduzir o que já parecem quererem designar de invasão do turismo de massas! PS: O aeroporto tem tido sucessivas condicionantes devido a situações climatéricas. Sabiam que uma das razões da inoperacionalidade, deve-se à falta de atualização nos limites de operacionalidade do mesmo por parte das entidades internacionais competentes? Tudo isso dito numa declaração do actual secretário regional do turismo neste matutino datada de 08 de Julho do corrente ano segundo a qual ainda prevalece a imposição fixada poe essas autoridades a mesma desde 1964 quando da inauguração do mesmo. Alguém com coragem para dar solução a todos estes problemas?
A. J. Ferreira