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Incêndios Madeira

Fajã das Galinhas: “Por mim fechava aquilo hoje”

Presidente da Câmara reforça que “não há condições para as pessoas estarem lá”

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O principal objectivo da Câmara Municipal de Câmara de Lobos em relação à Fajã das Galinhas é convencer não apenas a população evacuada mas também os poucos que recusaram abandonar as suas casas, a saírem definitivamente do ‘perigoso’ sítio. A Autarquia está empenhada em encontrar soluções, temporárias e mesmo permanentes, preferencialmente no sítio mais próximo, o Castelejo.

Leonel Silva assegura que “a generalidade das pessoas concorda em sair de lá”, mas reforça que o ideal é todos abdicarem de viver na periclitante Fajã das Galinhas. “Por mim fechava aquilo hoje” afirmou esta tarde aos jornalistas, durante a visita do Representante da República para a Madeira ao calcinado ‘miradouro’ da Boca da Corrida, no Jardim da Serra.

O autarca reconhece que importa dar tempo aos desalojados para se habituarem à ideia que estarão sempre mais seguros fora da Fajã das Galinhas, o mesmo em relação aos que quiseram arriscar ficar no sítio, na expectativa que o bom senso acabe por prevalecer.

“Temos que dar algum tempo às pessoas para se reorganizarem. Para nós também é uma ansiedade muito grande, porque queremos acelerar o processo”, admitiu.

Reconhece que esta deslocalização é “processo complexo”, mas mantém a firme convicção que é a decisão mais sensata face ao perigoso estado da escarpa sobranceira à estrada de acesso ao sítio, sem esquecer o histórico de problemas que atentam à segurança dos utentes ali ocorridos.

“A escarpa não oferece de todo condições [de segurança] e não temos uma perspectiva de quando é que possa oferecer. Está sempre a desprender blocos rochosos”, avisa. Reforça por isso que “não há condições para as pessoas estarem lá”. E não apenas por agora. Não tem dúvidas que com chuva e vento acresce o risco de queda de pedras.

Entretanto muitos dos cerca de 130 desalojados permanecem no Centro Comunitário do Estreito de Câmara de Lobos – Vila Viva, que também teve a visita de Ireneu Barreto, sempre acompanhado de Leonel Silva.

Ficou-se a saber que “três famílias alojadas num total de 11 pessoas” já foram alojadas em habitação temporária, e que mais pessoas serão igualmente alojadas ‘em casa própria’ ainda esta semana.