Presidente da Agência de Gestão de Fogos Florestais diz que Canadair pouco ajudaram
O presidente da Agência de Gestão de Fogos Florestais (AGIF), Tiago Oliveira, garantiu esta noite na RTP3 que não foram os meios aéreos, nomeadamente os Canadair, que extinguiram o fogo da Madeira, mas sim as condições atmosféricas como a diminuição da temperatura e da intensidade do vento e ainda alguma chuva que caiu, além do coberto vegetal que deixou de assegurar o combustível.
Uma declaração na qual acrescenta que a utilidade dos aviões Canadair foi como deitar um copo de água de um sexto andar para tentar apagar uma fogueira, uma vez que a sua acção ocorreu a uma altitude demasiado acima da zona de fogo para poder ter eficácia. Importantes, garantiu, foram os meios em terra e, sobretudo, as condições atmosféricas, tendo deitar um pouco "água na fervura" numa altura em que o debate político vai intensificar-se, agora que o fogo foi extinto.
Declarações que dão que pensar e que Tiago Oliveira entende que o meio aéreo nem sempre poderá ser a solução para apagar incêndios, mas sim complementares aos meios em terra. Salientou, em tom crítico, o facto de os meios não terem sido coordenados com outras forças, nomeadamente de Canárias que seriam aproveitados mediante protocolos.
Deu ainda várias estratégias de como podiam e devia ser geridas a floresta e a área agrícola.