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Incêndios Madeira

Filipe Sousa afirma que meios dos Sapadores de Santa Cruz só foram convocados após dia 22

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O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz utilizou o seu habitual ponto de Ordem, publicado ao domingo, para desmentir as afirmações do responsável máximo pela Protecção Civil regional, na RTP-Madeira. "Ao contrário do que disse, na RTP, o responsável máximo da Proteção Civil na Madeira, a nossa primeira intervenção, no dia 17, foi por iniciativa do nosso Comandante Leonardo Pereira que foi para o terreno, após falar com colegas e autarcas, com cinco viaturas", afiança Filipe Sousa.

Aliás, o autarca diz mesmo que, desde o início dos fogos e até 22 de Agosto, "o Serviço Regional de Proteção Civil nunca solicitou apoio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Santa Cruz". Essa requisição terá apenas sido feita no dia 22, após apelo público de Filipe Sousa. "Só no dia 23 pediram o apoio da nossa equipa ERAS – Equipa de Reconhecimento e Avaliação da Situação, a única que existe na Região", afiança o presidente da autarquia.

É isto que temos, e é dramático e perigoso quando a uma catástrofe se junta uma acção desastrosa, movida por interesses políticos, por desrespeito, por mentiras, por gente sem sentido de Estado, por arrogâncias e, agora, por uma estratégia de vender um sucesso sem razão de ser e que realmente nunca existiu.  Filipe Sousa

"Diz o povo e com razão, que um Governo fraco faz fraca a forte gente. E temos vindo a enfraquecer todos, a nossa terra enfraquece nesta democracia doente e composta de homens fracos", acrescenta, quando endereça um agradecimento "aos bombeiros no terreno, aos autarcas no terreno, às pessoas que lutaram pelo que é seu no meio do desnorte de quem preferiu regressar às férias".

Filipe Sousa afiança ainda que "em momento algum, alguém criticou os operacionais", algo que foi dito por Albuquerque. "Muito pelo contrário, eles e os autarcas foram os únicos com prontidão, entrega até à exaustão e sentido de responsabilidade", explica. 

O que se criticou, e bem, foi a inoperacionalidade das cúpulas, do Governo à Proteção Civil, pela forma como geriram tudo isto, pela forma como sobretudo não geriram, pelo virar de costas e, mais recentemente, por esta política de terra queimada na tentativa de aniquilar e calaer, pela habitual propaganda, a razão dos que têm razão, a liberdade de nos expressarmos e, pelo caminho, impor a versão oficial dos factos de que tudo foi um sucesso, de que nada de importante foi destruído, de que o coração da nossa terra não ardeu, desvalorizando as perdas, o sofrimento e o rasto de destruição. Filipe Sousa