Por onde andou a Oposição?

Paulo Cafôfo acordou ao sexto dia e foi ao terreno. O seu “aliado por horas” nem sequer ainda lá foi. Mas, logo no primeiro dia provaram que apesar do namoro ter durado pouco, ainda se amam e precipitaram-se em ataques a Miguel Albuquerque, como se fosse o presidente do Governo o culpado da desgraça!

O problema não é o fogo posto, o problema não é a República que não assume as suas responsabilidades e coloca cá os meios a que está constitucionalmente obrigada, o problema não são os proprietários que teimam em deixar por limpar os seus terrenos, transformando a floresta madeirense num barril de pólvora.

Não, o problema era Miguel Albuquerque, como se fosse o presidente que fosse apagar os incêndios. O problema era Miguel Albuquerque, que acusaram de estar fora da Região. Esta então é de bradar aos céus! Fora da Região?! O Porto Santo não faz parte da Região?!

O problema era Miguel Albuquerque, que revelou sentido de irresponsabilidade. Não quiseram saber se era verdade ou não que o líder madeirense tinha recusado ajuda de Lisboa. Estava na Comunicação Social, então era verdade….

O problema era Miguel Albuquerque estar de férias. Como se o líder madeirense não tivesse direito a férias….

Já agora, onde estavam os dirigentes da Oposição, falo sobretudos dos do PS e do JPP? No terreno não andaram. As imagens de Paulo Cafôfo a falar para as televisões foram sempre com o mesmo fundo branco por trás, para não revelar onde estava.

O sentido de responsabilidade que apregoam não deveria ter sido colocado na prática? Não deveria fazer aquilo que exigiram a Albuquerque e estarem, na Região, a serem solidários com a população.

Aliás, como, por exemplo, sem comunicação social atrás, o fizeram os dirigentes locais do PAN; que andaram a ajudar a recolher animais.

Em vez de correrem para a Comunicação Social, em busca de uma ocasião boa para tentar apagar os últimos desaires eleitorais e a desgraça que foi a forma como lidaram com a aprovação do programa do Governo Regional – o tal que contempla reforços de meios para combate aos incêndios e que foi enjeitado por PS e JPP – deveriam ter procurado solidarizar-se com quem sofria, em procurar soluções.

Não, só ao sexto dia. Mesmo assim com ameaças de ir apurar responsabilidades. Como se alguma vez Miguel Albuquerque fugisse das mesmas…

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